A República Democrática do Congo lançou a sua campanha anual 16 Dias de Ativismo contra a violência baseada no género, com o tema “Unidos para proteger mulheres e raparigas”. Uma iniciativa crucial dada a escala da violência, especialmente na província de Kivu do Norte, que registou mais de 27.000 casos de violência sexual desde o início do ano.
Sob o impulso dos actores da sociedade civil e das autoridades, a campanha foi inaugurada em Goma, ponto de partida de uma mobilização geral contra estes actos bárbaros. É agora claro que restaurar a paz é um pré-requisito fundamental para garantir a segurança das mulheres e raparigas na região.
O forte empenho da sociedade congolesa na protecção das mulheres e das raparigas é um forte sinal enviado aos autores desta violência inaceitável. As autoridades locais, conscientes da urgência da situação, estão a implementar medidas concretas para combater estes flagelos e reafirmam a sua determinação em erradicar estas práticas.
A sensibilização do público é um pilar fundamental desta campanha, com o objetivo de quebrar o silêncio e encorajar as vítimas a se manifestarem, ao mesmo tempo que fortalece os mecanismos de resposta e apoio aos sobreviventes. Todos são chamados a desempenhar um papel activo na prevenção e denúncia desta violência, porque estão em jogo a dignidade e a segurança de todos.
Neste período de intensa mobilização, toda a sociedade congolesa está a mobilizar-se para tornar a protecção das mulheres e raparigas uma prioridade nacional. Esta campanha 16 Dias de Ativismo é um primeiro passo importante para uma mudança duradoura e uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
Os desafios continuam a ser numerosos, mas a unidade e a determinação dos intervenientes locais sugerem progressos significativos na luta contra a violência baseada no género na RDC. Ao mobilizarem-se em conjunto, numa onda de solidariedade e respeito mútuo, os congoleses estão a lançar as bases para um futuro mais seguro e mais justo para todos.