O debate sobre o futuro político da República Democrática do Congo é mais relevante do que nunca, com vozes eminentes como a de Marie-Josée Ifoku a apelar a reformas profundas. Durante a sua recente intervenção radiofónica, a antiga governadora provincial e candidata presidencial vencida falou da necessidade crucial de estabelecer um Conselho Nacional de Mediação para promover a coesão nacional.
Este Conselho, segundo as suas observações, seria um espaço de discussão que permitiria ouvir uma diversidade de vozes, indo além das divisões políticas tradicionais. Para Marie-Josée Ifoku, a RDC já não pode contentar-se com uma abordagem política centrada em interesses partidários. Um verdadeiro renascimento nacional é essencial para iniciar um verdadeiro desenvolvimento económico e social.
A questão da revisão constitucional ocupa um lugar central neste debate. Enquanto o Presidente Félix Tshisekedi falava da necessidade de repensar a actual Constituição para adaptá-la às realidades congolesas, Marie-Josée Ifoku sublinha perspicazmente que o verdadeiro problema na RDC reside mais numa crise de liderança e governação que persiste há mais de sessenta anos. .
Na verdade, a riqueza constitucional do país não pode compensar as deficiências em termos de visão e competência dos líderes. Para além dos textos, é um profundo questionamento das práticas políticas que é necessário para garantir um futuro mais próspero para a nação congolesa.
Numa altura em que as questões políticas e sociais se tornam cada vez mais prementes, as palavras de Marie-Josée Ifoku ressoam como um apelo à acção colectiva e à construção de um consenso nacional. A criação de um Conselho Nacional de Mediação poderia, assim, representar um primeiro passo para uma nova era de diálogo e colaboração para um Congo mais unido e mais próspero.
Em suma, a procura de soluções duradouras para os desafios do país exige uma abordagem inclusiva e inovadora, que deixe de lado os interesses partidários em benefício do interesse geral. É neste espírito que as propostas de Marie-Josée Ifoku merecem ser seriamente examinadas e consideradas como uma valiosa via de reflexão para o futuro da RDC.