A urgência de uma gestão financeira transparente e responsável nas entidades públicas

O Auditor Geral Tsakani Maluleke destacou um grave problema de incumprimento do Estado de direito nas entidades governamentais, levando a derrapagens orçamentais de mais de 38,8 mil milhões de randes. Esta situação alarmante foi destacada durante uma apresentação ao Parlamento. Maluleke alertou para as consequências da tolerância ao incumprimento das regras financeiras, com mais de 14,3 mil milhões de rands perdidos em cinco anos. As despesas irregulares explodiram para R49,5 mil milhões este ano, devido à negligência de executivos e gestores.

Apesar dos poderes reforçados do auditor geral na sequência de uma recente reforma legislativa, as sanções continuam a ser limitadas. Maluleke apela a uma acção reforçada por parte das comissões parlamentares para garantir a responsabilização dos funcionários do Estado, num contexto de fraco crescimento económico e pressão sobre as finanças públicas. É essencial abordar as más práticas financeiras e reforçar a governação pública para uma gestão financeira transparente e responsável, garantindo assim a confiança dos cidadãos nas instituições governamentais.
Como parte do seu mandato de auditar departamentos governamentais e entidades públicas, a Auditora Geral Tsakani Maluleke destacou recentemente um grande problema de incumprimento do Estado de direito, levando a derrapagens orçamentais superiores a 38,8 mil milhões de rands. Esta situação alarmante foi destacada durante uma apresentação aos presidentes das comissões de pastas do Parlamento, presidida pelo Presidente da Comissão da Câmara, Cedric Frolick.

Ao realçar um clima de tolerância face ao incumprimento das regras financeiras e de governação, o Auditor Geral alertou para as consequências deste fenómeno nas finanças públicas. Nos últimos cinco anos, mais de 14,3 mil milhões de rands foram perdidos devido a pagamentos efectuados por bens e serviços não recebidos, bem como à utilização ineficiente de recursos.

Um aspecto preocupante é o aumento das despesas irregulares, que ascenderam a mais de 49,5 mil milhões de rands no actual exercício financeiro, acima dos períodos anteriores. Este aumento significativo é atribuível a executivos financeiros e chefes de departamento negligentes e ineficientes, que não tomaram as medidas necessárias para corrigir as despesas descomunais, contribuindo assim para uma acumulação de montantes de ano para ano.

O Auditor Geral sublinhou a necessidade de implementar medidas de responsabilização para resolver estas questões, e sugeriu os poderes aumentados que o Auditor Geral tem desde a alteração da Lei de Auditoria Pública em 2019. Estas alterações legislativas reforçaram as capacidades do Auditor Geral para lidar com com o incumprimento financeiro e a irresponsabilidade dos funcionários públicos.

No entanto, é importante notar que, apesar destes novos poderes, o auditor geral permanece limitado nas suas ações. Na verdade, embora estes poderes reforçados permitam detetar irregularidades significativas, como pagamentos de bens e serviços não recebidos, procedimentos de contratação injustos e não competitivos, bem como ativos estatais mal protegidos, não conferem ao Auditor Geral o poder de processar criminalmente os infratores.

No interesse da transparência e da boa governação, o Auditor Geral apelou às comissões parlamentares de supervisão para reforçarem a sua acção para garantir a responsabilização dos funcionários do Estado. Na verdade, o fraco crescimento económico do país, projectado numa média de 1,8% durante os próximos três anos, está a exercer uma pressão adicional sobre as finanças públicas.

Assim, a necessidade de combater más práticas de pagamento e garantir uma gestão financeira eficaz torna-se mais crucial do que nunca. Num contexto em que cada rand conta, é imperativo que sejam tomadas medidas concretas para preservar os recursos públicos e garantir a utilização eficiente dos fundos dos contribuintes.

Em conclusão, o Auditor Geral Tsakani Maluleke sublinhou a importância de combater as irregularidades financeiras e de reforçar a governação pública para garantir a transparência e a responsabilização dos funcionários do Estado. Esta luta por uma gestão financeira responsável e transparente é essencial para garantir a viabilidade a longo prazo das finanças públicas e reforçar a confiança dos cidadãos nas instituições governamentais.

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