A seleção masculina de basquete do Leopards está atualmente competindo no Afrobasket, que acontece em Dakar, no Senegal. A jornada começou de forma positiva, com uma vitória sobre a seleção do Mali. No entanto, uma sombra paira sobre o seu desempenho, a da total ausência de apoio financeiro por parte do Governo. Esta situação preocupante foi destacada pelo presidente da Federação Congolesa de Basquetebol, Paulin Kabongo.
Em declarações à Rádio Okapi, Paulin Kabongo manifesta a sua profunda decepção pela falta de reconhecimento do basquetebol, apesar dos sucessos e medalhas conquistadas em nome do país. Denuncia o facto de a equipa ter tido que cobrir despesas de viagem através da contratação de empréstimos, por falta de apoio financeiro adequado.
A falta de fundos para pagar os bónus dos jogadores é outro motivo de preocupação para a federação. Os intervenientes, tanto os provenientes do estrangeiro como os de Kinshasa, enfrentam condições difíceis e aguardam o justo reconhecimento do seu empenho. A falta de pagamento de missões anteriores, como a Taça das Nações Africanas 3×3 e o Basquetebol Afro Feminino em Kigali, contribui para a incerteza e o mal-estar dentro da equipa.
Paulin Kabongo expressa o seu receio de ver o basquetebol congolês afundar-se num ciclo de dívida, sem reconhecimento ou apoio institucional. Denuncia o aparente desinteresse das autoridades pelo basquetebol, o que compromete seriamente os esforços e sacrifícios feitos pelos jogadores e equipa técnica.
Perante este quadro desolador, urge que as autoridades tomem consciência da importância do basquetebol como vetor de orgulho e coesão nacional. Reconhecer e apoiar financeiramente as equipas representa um investimento no talento e potencial desportivo do país, ao mesmo tempo que permite aos atletas dedicarem-se plenamente à sua paixão sem restrições financeiras. É hora de o basquetebol congolês receber a consideração e o apoio que merece, para continuar a brilhar no cenário continental e internacional.