Fatshimetrie: Uma moção de censura abala o Parlamento congolês
Uma onda de choque percorreu os corredores do Parlamento congolês após a apresentação de uma moção de censura contra o Ministro das Infraestruturas e Obras Públicas, Alexis Gisaro. Esta moção foi apresentada na sexta-feira, 22 de novembro, por deputados membros da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), o partido presidencial da República Democrática do Congo.
A tensão foi palpável durante a sessão plenária de sexta-feira, presidida por Vital Kamerhe, onde esta moção foi anunciada. No entanto, provocou imediatamente desaprovação dentro da união sagrada da nação. Este último, representado pelo partido do Presidente da República, rejeita abertamente esta iniciativa.
A situação agravou-se durante as discussões plenárias. O Presidente Vital Kamer sugeriu que outras figuras políticas poderiam ser alvo de moções de censura, alimentando assim suspeitas dentro da própria UDPS.
Os deputados Célestin Engelemba e Daniel Asselo reagiram com firmeza a estes comentários, afirmando que a UDPS não tinha tomado uma decisão colectiva neste sentido. O clima político tornou-se então mais difícil, sugerindo dissensão dentro do poder em vigor.
A resposta de Vital Kamerhe apenas aumentou as tensões. Temendo a desestabilização do governo no início do seu mandato, apelou à coesão e à solidariedade no seio da sagrada União da nação. Alertou para os riscos de desestabilização que poderiam surgir destas dissensões internas.
De acordo com o regulamento interno da Assembleia Nacional, a moção de censura ao ministro Alexis Gisaro será submetida à apreciação e votação em plenário nas próximas 48 horas. Esta decisão poderá ter repercussões significativas na coesão governamental e na estabilidade política do país.
Neste contexto tenso, a necessidade de diálogo e consulta entre diferentes sensibilidades políticas parece mais essencial do que nunca para garantir a estabilidade e a governação democrática na República Democrática do Congo.