Crise sanitária em Haut-Uele: apelo a ações urgentes para aliviar a escassez médica

A província de Haut-Uele, localizada na República Democrática do Congo, enfrenta uma crise sanitária alarmante, destacada pela União Livre dos Médicos do Congo (SYLIMED). Num memorando dirigido ao Governador Jean Bakomito Gambu, o SYLIMED revela uma realidade esmagadora: a ausência de designação de médicos qualificados, apesar dos números de série obtidos já há dois anos. Esta situação deixa várias aldeias privadas de pessoal médico competente, amplificando as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde.

A escassez de médicos é particularmente crítica em certas zonas sanitárias de Haut-Uele. Por exemplo, a zona de saúde de Makoro, com uma população de 165.000 habitantes, necessitaria teoricamente de 16 médicos para satisfazer as necessidades de saúde da sua comunidade, de acordo com os padrões da OMS. No entanto, a realidade é muito diferente, com uma presença médica irrisória que compromete gravemente a qualidade e a disponibilidade de cuidados aos habitantes da região.

A SYLIMED sublinha a urgência de designar estes médicos para compensar o flagrante défice de profissionais de saúde. Além de garantir o cuidado contínuo, sua presença possibilitaria a troca de conhecimentos e a melhoria do atendimento aos pacientes. Mas o problema da falta de pessoal não se limita apenas aos médicos: também faltam enfermeiros qualificados e técnicos de laboratório. Além disso, a ausência de equipamentos médicos essenciais, como radiologistas, nas estruturas de saúde pública agrava a situação, levando a transferências frequentes de pacientes e comprometendo os seus cuidados.

Confrontado com estes grandes desafios de saúde pública, o SYLIMED apela a uma ação rápida do Governador Jean Bakomito Gambu para resolver esta crise de saúde. Ao designar estes médicos e ao aumentar o número de pessoal de enfermagem, seria possível melhorar significativamente o acesso aos cuidados de saúde na província de Haut-Uele. Além disso, a modernização e o equipamento das estruturas médicas públicas são também essenciais para garantir serviços de saúde de qualidade a toda a população.

Em conclusão, a situação crítica em Haut-Uele em termos de escassez de pessoal médico destaca grandes desafios na saúde pública. É necessária uma acção urgente e concertada para satisfazer as necessidades da população e garantir o acesso equitativo a cuidados de qualidade. Esperemos que as autoridades competentes possam tomar as medidas necessárias para melhorar a situação sanitária na província.

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