O artigo “Fatshimetrie” aborda notícias candentes: o Reino Unido impôs recentemente sanções a três indivíduos envolvidos em corrupção e lavagem de dinheiro. Estes incluem Isabel dos Santos, uma empresária bilionária angolana e filha de um antigo presidente, bem como Dmytro Firtash, um oligarca ucraniano exilado, e Aivars Lembergs, um dos homens mais ricos da Letónia.
Considerados “notórios cleptocratas”, estas três pessoas tiveram os seus bens congelados no Reino Unido e estão agora proibidas de viajar para o país. A medida faz parte de uma campanha mais ampla para combater a lavagem de dinheiro e promover a transparência financeira. O Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico sublinhou que estes indivíduos estavam a enriquecer à custa da sua população, ao privar os cidadãos dos recursos necessários à educação, à saúde e às infra-estruturas.
Isabel dos Santos é acusada de desviar mais de 440 milhões de dólares durante o seu período à frente de empresas estatais angolanas, como a Sonangol e a Unitel. Apesar da sua fortuna colossal e da sua pretensão de ser a primeira mulher multimilionária de África, a sua imagem foi manchada por uma série de acusações de corrupção em vários países. A sua ascensão meteórica foi interrompida repentinamente quando um novo presidente chegou ao poder em 2017.
O magnata angolano nega totalmente as acusações contra ela, alegando ser vítima de uma vingança política. Ela contestou veementemente as sanções britânicas, chamando-as de “incorretas e injustificadas” e lamentando não ter tido a oportunidade de se defender. Ela também anunciou sua intenção de recorrer desta decisão.
Estas sanções representam um forte sinal enviado pelo Reino Unido na luta contra a corrupção financeira à escala internacional. Destacam a importância da transparência e da responsabilização nos negócios, bem como a necessidade de os governos tomarem medidas concretas para pôr fim às práticas abusivas de certos magnatas que prejudicam o bem-estar dos seus concidadãos.
O caso de Isabel dos Santos, tal como os de Dmytro Firtash e Aivars Lembergs, ilustra vividamente as questões ligadas à governação económica e à ética empresarial. Estas medidas coercivas constituem um passo em frente no sentido de uma maior justiça financeira e um apelo a uma maior responsabilização por parte das elites económicas.