Num mundo onde as questões climáticas se tornaram cruciais, a urgência de agir em prol da justiça climática é cada vez mais premente. É neste contexto que, durante a COP29 que teve lugar em Baku, os activistas do movimento global para exigir justiça climática mais uma vez fizeram ouvir as suas vozes. Sua principal demanda? Obtenha um acordo financeiro que eles considerem justo.
No centro das negociações sobre o clima lideradas pela ONU, é essencial passar da fase técnica para uma concentração em questões concretas. Os representantes da sociedade civil e dos movimentos apelam aos governos e aos intervenientes não estatais para que forneçam financiamento proporcional à emergência climática. As comunidades mais afectadas pela crise climática, principalmente no Sul Global, necessitam urgentemente de dinheiro para se adaptarem e mitigarem as consequências das alterações climáticas.
As nações mais vulneráveis exigem uma soma colossal de 1,3 biliões de dólares para fazer face aos danos ligados às alterações climáticas e para se adaptarem a estas convulsões. Os activistas climáticos, como Eric Njuguna, do Quénia, apelam aos negociadores para que permaneçam firmes na sua posição. A pressão exercida pelos países industrializados para limitar o financiamento e favorecer o sector privado é fortemente criticada.
Os especialistas concordam que é necessário pelo menos 1 bilião de dólares, um montante muito superior aos actuais compromissos dos países industrializados para fundos de perdas e danos. Os fluxos financeiros internacionais para a adaptação nos países em desenvolvimento aumentaram, reflectindo o progresso rumo às metas estabelecidas no Acordo de Glasgow de 2021.
Na cimeira do G20, o Secretário-Geral da ONU deixou claro que o sucesso da COP29 estava em grande parte nas mãos das principais economias do mundo unidas. Esta pressão diplomática exercida a nível internacional sublinha a importância crucial das decisões que serão tomadas na COP29, porque o tempo está a esgotar-se para agir sobre a crise climática.
Assim, o fim da COP29 em Baku representa um importante ponto de viragem na luta pela justiça climática. As ações e compromissos assumidos nesta conferência terão um impacto direto no futuro do nosso planeta. É hora de agir de forma decisiva e concertada para responder aos desafios ambientais que ameaçam o nosso mundo. A cooperação internacional é essencial para enfrentar esta crise e garantir um futuro viável para as gerações futuras.