No âmbito dos preparativos para as próximas eleições de 15 de dezembro, surge uma questão crucial relativamente à elegibilidade dos agentes temporários da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni). As recentes revelações das listas de candidatos técnicos de informática dos centros de votação de Masi-Manimba destacam um critério controverso: a necessidade de estar inscrito no círculo eleitoral local para poder participar no processo eleitoral.
Esta medida suscitou a reprovação de vários potenciais candidatos que, embora estivessem inscritos noutro local, foram excluídos do processo seletivo. Estas exclusões colocam em causa a transparência e equidade do processo de recrutamento de agentes temporários da CENI. Alguns denunciam a discriminação flagrante, argumentando que este critério de inscrição local não foi explicitamente mencionado nas condições iniciais.
Por um lado, a CENI justifica esta medida destacando a necessidade de prevenir qualquer tentativa de fraude eleitoral. Segundo Jean-Baptiste Itipo, diretor de comunicação do Ceni, o critério de inscrição obrigatória no círculo eleitoral visa garantir a integridade do processo eleitoral e evitar qualquer manipulação dos resultados. Ele garante que esta abordagem é essencial para garantir que os agentes temporários contratados sejam efetivamente eleitores locais.
Porém, esta regra não é percebida da mesma forma por todos. Alguns consideram-no selectivo e excludente, limitando as oportunidades para aqueles que desejam contribuir de forma imparcial e profissional para o bom funcionamento das eleições. Na verdade, esta controvérsia levanta questões sobre a transparência e equidade dos critérios de seleção dos agentes temporários da CENI.
É importante referir que a publicação das listas dos seleccionados para a prova dos técnicos de informática dos centros de votação de Masi-Manimba provocou diversas reacções por parte da população. Com um total de 637 nomes publicados, a atribuição destes cargos temporários é de crucial importância para garantir o bom andamento do processo eleitoral na região.
Concluindo, a questão da elegibilidade dos agentes temporários da CENI para as eleições continua a ser um assunto debatido e controverso. Embora a CENI defenda a necessidade de registo local para prevenir a fraude eleitoral, alguns críticos destacam a potencial discriminação e exclusões induzidas por esta medida. É essencial que o processo de seleção dos agentes temporários permaneça transparente, justo e baseado em critérios objetivos para garantir a integridade das próximas eleições.