Bispos Cenco apelam à preservação da Constituição na RDC

Os bispos da Conferência Episcopal Nacional do Congo opõem-se veementemente a qualquer revisão constitucional prevista pelo Presidente Félix Tshisekedi. Destacam as necessidades urgentes da população em termos de educação, saúde e segurança, apelando a uma reflexão profunda antes de qualquer mudança constitucional. Esta posição é apoiada por uma coligação de figuras políticas e da sociedade civil. O Presidente Tshisekedi questiona a relevância da actual Constituição, criando tensão no país. Os bispos desempenham um papel crucial como voz da consciência nacional, defendendo a estabilidade política e a preservação da ordem constitucional.
No âmbito dos recentes desenvolvimentos políticos na República Democrática do Congo, os bispos da Conferência Episcopal Nacional do Congo (Cenco) manifestaram a sua firme oposição a qualquer revisão constitucional prevista pelo Presidente Félix Tshisekedi. Durante os estados gerais de justiça que decorrem actualmente em Kinshasa, Monsenhor Donatien N’shole, secretário-geral de Cenco, afirmou publicamente a posição do episcopado congolês.

No centro do debate está a questão de alterar a Constituição do país, que foi adoptada em 2006. Os bispos reconhecem a legitimidade de algumas questões que podem exigir revisão, mas destacam os desafios financeiros e sociais que a RDC enfrenta. Monsenhor N’shole destacou as necessidades urgentes da população em termos de educação, saúde, segurança e bem-estar social, apelando a uma reflexão profunda antes de qualquer mudança constitucional.

A principal recomendação de Cenco ao Presidente Tshisekedi é que leve em consideração todos os aspectos, incluindo a segurança e o contexto social do país, antes de tomar qualquer decisão relativamente a uma possível revisão da Constituição. Esta posição dos bispos é apoiada por uma coligação de figuras políticas e da sociedade civil congolesa que lançaram um apelo a uma “onda nacional” para proteger a Constituição de 2006.

O Presidente Tshisekedi, por seu lado, tem levantado críticas ao questionar a relevância da actual Constituição, que considera ter sido escrita num país estrangeiro. Esta declaração suscitou fortes reacções no país, tendo alguns considerado que qualquer tentativa de modificação da actual lei fundamental poderia ser interpretada como um acto de traição contra a Nação.

Neste contexto complexo e tenso, os bispos do Cenco desempenham um papel crucial como voz da consciência nacional e defensores dos interesses do povo congolês. A sua posição corajosa e intransigente a favor da preservação da ordem constitucional e da estabilidade política merece ser saudada e apoiada por toda a população congolesa.

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