O discurso de Mfumu Ntoto, presidente do Partido da Nação Congo, durante a sua conferência de imprensa, ressoou como um apelo à sabedoria e à responsabilidade para os congoleses. Num contexto em que a tentação de usar as armas para derrubar o poder existente ganha terreno, as suas palavras trouxeram um vislumbre de esperança e estabilidade.
Ao encorajar o Chefe de Estado Félix Tshisekedi a perseverar nos seus esforços diplomáticos e militares para pacificar o leste do país, Mfumu Ntoto demonstrou o seu desejo de favorecer o caminho do diálogo e da resolução pacífica dos conflitos. Sublinhou assim a importância de preservar a paz e a unidade nacional, para além das diferenças políticas.
Além disso, ao rejeitar a ideia de que a revisão constitucional poderia justificar actos de rebelião, Mfumu Ntoto destacou a necessidade de separar os debates políticos das acções violentas. Lembrou que a busca pelo poder não deve, em caso algum, justificar o uso da violência e do caos.
A proposta de recorrer a um referendo para consultar o povo sobre a revisão da Constituição demonstra um desejo de transparência e respeito pela soberania popular. Mfumu Ntoto sublinhou que o povo deve ter uma palavra a dizer nas principais decisões políticas e constitucionais e que o referendo é a expressão directa desta soberania.
Com base no tema da sua conferência, “Nova República, o soberano primário e a sua constituição”, Mfumu Ntoto destacou a importância de colocar o cidadão no centro do processo democrático. Ele defendeu uma governação que respeite as aspirações e os direitos do povo congolês, garantindo ao mesmo tempo a estabilidade e a prosperidade do país.
Em suma, o discurso de Mfumu Ntoto ofereceu uma visão esclarecida e responsável da actual situação política na República Democrática do Congo. Ao defender a paz, o diálogo e a consulta popular, deu o exemplo de uma abordagem política baseada na democracia, na legitimidade e no respeito pelos direitos de todos.