Reforma tributária na Nigéria: debate em torno da proposta de Bola Ahmed Tinubu

A proposta de reforma fiscal do Presidente Tinubu na Nigéria está a suscitar um debate aceso. Pretende simplificar as obrigações fiscais com alterações importantes, como o aumento do IVA. Apesar das preocupações expressas pela sociedade civil e pelos líderes do Norte, o governo insiste na necessidade de racionalizar o sistema fiscal. O diálogo transparente e inclusivo é essencial para avaliar os impactos da reforma. As partes interessadas são incentivadas a participar ativamente no debate para garantir uma tomada de decisão equilibrada.
A proposta de reforma fiscal apresentada pelo Presidente Bola Ahmed Tinubu intitulada “Uma Lei para Revogar Certas Leis Tributárias e Consolidar Quadros Legais Relativos à Tributação” provocou recentemente um acalorado debate na Nigéria. Esta iniciativa, apresentada à Assembleia Nacional, visa redefinir o panorama fiscal da Nigéria, estabelecendo regulamentos abrangentes que regem os impostos sobre o rendimento, as transacções e os instrumentos.

O objetivo desta proposta é simplificar e agilizar as obrigações fiscais no país, com reformas como o aumento gradual do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) de 7,5% para 10% em 2025, podendo atingir 15% até 2030. Além disso, o lei propõe um imposto sobre as sociedades de 27,5% para as grandes empresas, um imposto sobre o desenvolvimento e impostos especiais sobre o consumo de telecomunicações e jogos.

Apesar das intenções declaradas do governo a favor desta reforma, várias organizações da sociedade civil e líderes do Norte expressaram preocupações, alertando para consequências potencialmente prejudiciais para a estabilidade económica regional. Estas oposições realçam o risco de perdas para as regiões e põem em causa a justiça das propostas.

O Dr. Vincent Ntui, Diretor Geral da Sala de Situação, destacou a necessidade de um diálogo aprofundado entre as partes interessadas envolvidas para avaliar os impactos desta reforma tributária. Salientou a importância da participação transparente e inclusiva no processo de tomada de decisões, bem como do estabelecimento de um documento de trabalho da sociedade civil para ter em conta as diversas preocupações.

Respondendo às críticas, o Conselheiro Especial do Presidente para Informação e Estratégia, Bayo Onanuga, defendeu a lei, dizendo que visa simplificar o sistema fiscal, eliminando a dupla tributação e agilizando as obrigações fiscais, no interesse das empresas e dos particulares em todo o país.

Neste contexto de controvérsias e questionamentos, é crucial que todas as partes interessadas participem ativamente no debate sobre esta importante reforma fiscal, a fim de garantir que os interesses nacionais e regionais sejam tidos em conta de forma equilibrada e equitativa.

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