A Marcha pela Justiça Climática em Goma: A Voz da RDC que Ressoa Internacionalmente

A mobilização da sociedade civil congolesa em Goma, no dia 5 de Novembro de 2024, tendo em vista a COP29 sobre alterações climáticas em Baku, visa defender a justiça climática para a RDC. As organizações apelam a uma verdadeira consideração das questões climáticas por parte dos Estados, respeitando simultaneamente o ambiente e as populações vulneráveis. Esta marcha ilustra a determinação do país em fazer-se ouvir no cenário internacional e exigir ações concretas para combater as alterações climáticas.
No dia 5 de novembro de 2024, a cidade de Goma, localizada no leste da República Democrática do Congo, foi palco de uma marcha muito simbólica. Na verdade, nada menos que 145 organizações da sociedade civil, agrupadas na Rede para as Alterações Climáticas, uniram-se para exigir justiça climática para o seu país.

No centro desta mobilização está a preparação para a Cop29 sobre alterações climáticas, que terá lugar de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão. Para Placide Amisi, diretor nacional da Rede para as Alterações Climáticas, é crucial que a voz da RDC seja ouvida durante esta reunião internacional. Enquanto país de solução para a questão das alterações climáticas, a RDC encontra-se frequentemente no centro das promessas feitas pelas nações poluidoras, mas infelizmente essas promessas permanecem muitas vezes letra morta. É por isso que a sociedade civil congolesa decidiu levantar a sua voz, para exigir em voz alta justiça climática a favor do seu país.

A justiça climática, tal como defendida por estas organizações, visa garantir que os objetivos de combate ao aquecimento global sejam respeitados por todos os Estados. Trata-se também de encontrar soluções para a crise climática de forma equitativa e justa, protegendo tanto o ambiente natural como as populações mais vulneráveis.

A COP29, que será realizada em Baku, no Azerbaijão, será uma oportunidade para os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) se reunirem para discutir questões cruciais relacionadas com o clima. Num contexto em que a economia do Azerbaijão depende em grande parte das exportações de petróleo e gás, é ainda mais importante que as discussões em torno da transição ecológica sejam plenamente engajadas.

Para além dos discursos e das promessas, esta marcha em Goma ilustra a determinação da sociedade civil congolesa em fazer ouvir a sua voz na cena internacional e em exigir uma verdadeira consideração das questões climáticas para o seu país. É urgente que as nações poluidoras assumam as suas responsabilidades e tomem medidas concretas para combater as alterações climáticas, com preocupação pela equidade e justiça para todos.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *