A luta contra a violência doméstica na República Democrática do Congo: Juntos por um futuro sem medo ou injustiça

Neste excerto do artigo destacamos a urgência da luta contra a violência doméstica na República Democrática do Congo. As organizações da sociedade civil apelam à acção colectiva e à sensibilização geral. São propostas medidas concretas, como o reforço das capacidades das unidades policiais especializadas e a sensibilização do público. É necessário que toda a sociedade se engaje nesta luta para garantir a segurança e o bem-estar de todos. A mobilização e a sensibilização são as chaves para o combate à violência doméstica, tendo como objectivo final a igualdade, o respeito e a dignidade para todos.
Fatshimetrie, 4 de Novembro de 2024. – A luta contra a violência doméstica na República Democrática do Congo continua a ser uma emergência indiscutível, como recentemente sublinhado por organizações da sociedade civil (OSC), apelando à acção colectiva e à sensibilização geral.

Numa coluna recente, Sophie Kasanga, coordenadora da ONG “Bomoko”, lançou um apelo urgente à sensibilização da população, especialmente dos rapazes e dos homens, para combater o preocupante aumento da violência doméstica. Sublinhou a importância de acções concretas destinadas a fornecer informações sobre as consequências desta violência, enfatizando assim a necessidade de mudanças profundas na sociedade congolesa.

Uma das propostas essenciais apresentadas para combater este flagelo é o reforço das capacidades das unidades policiais especializadas na protecção de mulheres e crianças. É fundamental que estas unidades, actualmente operacionais na zona leste do país, sejam alargadas a todo o território nacional. Além disso, a revisão do código penal para incluir especificamente a violência doméstica e a finalização da estratégia nacional para combater a violência baseada no género são medidas essenciais para quebrar o ciclo de violência.

A sensibilização do público e a formação dos agentes da Polícia Judiciária são aspectos fundamentais desta luta. É também essencial que o Estado aloque recursos adequados para a implementação da estratégia nacional de combate à violência baseada no género. Finalmente, a criação de centros de acolhimento seguros para sobreviventes de violência doméstica é outra medida essencial que deve ser tida em consideração.

É imperativo que toda a sociedade congolesa, desde as autoridades aos cidadãos, desde as organizações da sociedade civil às instituições, se envolva numa acção concertada e determinada para pôr fim à violência doméstica. As palavras destas organizações são um apelo à mobilização geral, um lembrete de que a violência não pode ser tolerada e que devem ser tomadas medidas concretas para garantir a segurança e o bem-estar de todos.

A luta contra a violência doméstica na RDC é uma luta quotidiana, uma batalha pela igualdade, respeito e dignidade. É hora de agir, de nos unirmos e de fazermos ouvir as vozes daqueles que sofrem em silêncio. O caminho é longo, mas cada pequeno passo conta na marcha rumo a um futuro mais seguro e justo para todos.

Na luta contra a violência doméstica, a unidade é a nossa força, a consciência a nossa arma e a justiça o nosso objetivo. Juntos, podemos fazer a diferença e construir um futuro onde todos possam viver sem medo e em total liberdade.

A Fatshimetrie continua mobilizada para sensibilizar e combater estas injustiças, com a convicção de que cada voz conta, cada ação conta e que só juntos podemos criar mudanças duradouras e significativas.

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