Os mineiros artesanais do território Wamba, localizado na província de Haut-Uele, estão actualmente no centro de uma polémica relativa a uma missão de inspecção mineira ordenada pelo governador provincial. Numa recente assembleia geral em Bolebole, estes trabalhadores locais expressaram a sua forte oposição a qualquer avaliação e identificação dos seus locais de mineração, afirmando que esta etapa só pode ser realizada a pedido dos próprios operadores.
O presidente dos operadores mineiros de Wamba, Dieudonné Batekonde, sublinha que qualquer fiscalização dos locais mineiros deve ser realizada de acordo com a legislação em vigor, com o consentimento dos operadores interessados. Segundo ele, a iniciativa das autoridades provinciais pode potencialmente levar a uma apropriação ilegal das suas terras mineiras, situação já vivida por alguns membros da comunidade mineira no passado.
Os trabalhadores locais também manifestam preocupação com a possibilidade de uma redução no tamanho das suas concessões mineiras. Em resposta a esta aparente ameaça, solicitaram uma reunião prévia com as autoridades provinciais para esclarecer os objectivos e implicações da missão de inspecção planeada.
A relutância dos mineiros artesanais de Wamba em relação a esta avaliação mineira é compreensível, dadas as questões económicas e territoriais ligadas às suas actividades. A transparência e a consulta entre as autoridades governamentais e as partes interessadas locais parecem ser elementos essenciais para prevenir conflitos e promover uma mineração responsável e sustentável.
Em última análise, é crucial que as preocupações dos operadores mineiros locais sejam tomadas em consideração e que sejam implementadas medidas adequadas para garantir que os direitos e interesses desta importante comunidade para a economia regional sejam respeitados.