Fatshimetrie, 1 de novembro de 2024 – Uma feroz luta contra as tentativas de venda de lotes em Nzulo, localizada no território de Masisi, no leste da República Democrática do Congo, foi iniciada esta sexta-feira em Goma. Os responsáveis desta área protegida realizaram uma conferência de imprensa para sensibilizar a população sobre a importância da preservação deste espaço natural.
Methode Uhuze, responsável pelas relações externas do Instituto Congolês de Conservação da Natureza (ICCN), sublinhou a complexidade das etapas necessárias para modificar os limites de uma área protegida. Com efeito, a lei regula rigorosamente este processo, e qualquer modificação deve respeitar um conjunto de princípios estabelecidos. Ele lembrou que os limites do parque são definidos por portaria e que qualquer modificação só poderá ser feita por meio de outra portaria.
Além disso, o Sr. Uhuze destacou o facto de o Estado congolês ter ganho uma acção judicial contra aqueles que afirmavam ser os proprietários da parte de Nzulo. Apesar disso, a execução da decisão judicial foi atrasada devido à precária situação de segurança na região.
O sector Nzulo, criado pouco depois de 1934 no Parque Nacional de Virunga, foi então entregue a uma comissão belga, de acordo com um acordo estabelecido. Uma campanha de sensibilização contra as tentativas de venda de lotes a Nzulo está em curso há três meses, e Bienvenu Bwende, oficial de comunicações da ICCN, sublinhou que esta campanha durará o tempo necessário para informar claramente que Nzulo não está à venda.
Indivíduos que se passaram por indígenas tentaram reivindicar parte do Parque Nacional de Virunga em Nzulo, argumentando que nunca tinham sido compensados. No entanto, esta afirmação não tem fundamento, segundo o Parque Nacional de Virunga, visto que a área reivindicada está claramente demarcada pelo Real Decreto que cria esta área protegida, um reconhecimento do património mundial.
Esta campanha contra a venda de terrenos em Nzulo visa sensibilizar a população para a importância da preservação das áreas naturais e dissipar qualquer confusão ou tentativa de despojamento de uma área protegida do seu valor ambiental. É crucial que os esforços de conservação continuem a ser sustentados para preservar a riqueza natural e cultural representada pelas áreas protegidas da República Democrática do Congo.