A recente declaração da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) dirigida ao Presidente Félix Tshisekedi suscitou fortes reacções e abriu um debate crucial sobre o futuro político do país. Na verdade, os bispos católicos proibiram claramente o chefe de Estado de tocar nos itens trancados, alertando para consequências potencialmente desestabilizadoras para a nação.
Esta posição sublinha a importância crucial das questões políticas actuais na República Democrática do Congo. Os bispos sublinharam que qualquer ação destinada a modificar os artigos bloqueados, sem uma reflexão profunda e uma consulta adequada, correria o risco de ameaçar a coesão nacional e de agravar as tensões sociais já existentes.
O CENCO apontou também as irregularidades que mancharam as eleições de Dezembro de 2023, criando assim frustrações e alimentando a desconfiança da população no processo eleitoral. Tais práticas põem em causa a legitimidade das instituições e põem em perigo a estabilidade do país.
Para remediar esta delicada situação, os bispos sugerem que o Presidente Tshisekedi se envolva num diálogo inclusivo com as diferentes forças políticas do país, com vista a definir um pacto nacional para a organização das próximas eleições. Esta abordagem participativa e consensual parece ser um meio eficaz de restaurar a confiança dos cidadãos e garantir a integridade do processo democrático.
É crucial que o governo leve em consideração estas recomendações provenientes de uma instituição tão respeitada como o CENCO. Agindo com transparência e envolvendo todos os actores políticos e a sociedade civil, será possível reforçar a legitimidade das instituições e consolidar a coesão nacional.
Em conclusão, a posição corajosa da CENCO destaca os principais desafios que a República Democrática do Congo enfrenta. Ao seguir as recomendações dos bispos e trabalhar para um diálogo inclusivo e transparente, o Presidente Tshisekedi poderá abrir caminho para uma transição democrática pacífica e duradoura para o seu país.