**Greve das Universidades Federais na Nigéria: O impacto no funcionamento dos estabelecimentos**
A recente greve que afetou todas as universidades federais na Nigéria resultou num deserto nos campi, perturbando significativamente as atividades académicas e administrativas. A situação preocupa estudantes e funcionários, citando consequências dramáticas para a educação e a saúde das comunidades universitárias.
O repórter da Fatshimetrie visitou o campus da Universidade de Abuja para ver em primeira mão os efeitos do ataque. A atmosfera sombria e deserta do local contrasta com a agitação habitual de estudantes e funcionários. Os consultórios vazios, a ausência do pessoal médico, a clínica universitária fechada: tantos sinais de uma disfunção gritante.
Nurudeen Yusuf, presidente da Associação de Funcionários Seniores das Universidades Nigerianas (SSANU) e membro do JAC, capítulo da UniAbuja, confirmou 100 por cento de participação na greve. Ele afirma que o movimento continuará enquanto não forem pagos os salários retidos.
“A taxa de conformidade é de 100%. A greve foi declarada em 28 de outubro após uma reunião conjunta dos membros da SSANU e da NASU. Em seguida, informamos à nossa administração a decisão dos nossos associados de encerrar suas atividades. A taxa de cumprimento é total, com exceção dos profissionais do serviço de segurança a quem o sindicato faz concessões para que possam proteger os bens universitários e governamentais. Só vamos acabar com essa greve quando o nosso salário retido for pago pelo presidente”, afirmou.
Apesar dos esforços para obter o pagamento dos salários, os sindicalistas não obtiveram resposta, obrigando-os a entrar em greve. Esta situação, segundo Yusuf, é ao mesmo tempo lamentável e evitável, sublinhando que “só podemos trabalhar se formos pagos pelo trabalho que realizamos”.
Esta greve levanta assim questões cruciais sobre a situação das universidades federais da Nigéria, destacando as dificuldades encontradas pelo pessoal não académico. As consequências desta greve são múltiplas, desde atrasos no ensino até ao impacto na saúde de alunos e funcionários. Há uma necessidade urgente de encontrar uma solução para garantir o bom funcionamento das instituições académicas e preservar a qualidade do ensino superior na Nigéria.