Confrontada com a escalada das tensões, a Rússia lança um exercício massivo das suas forças nucleares

O artigo discute o recente exercício massivo das forças nucleares russas em resposta às crescentes tensões internacionais. O Presidente Vladimir Putin sublinhou a importância de manter forças estratégicas modernas e prontas a utilizar. O exercício envolveu diferentes tipos de mísseis balísticos e foi um sucesso. Estas manobras visam mostrar a determinação da Rússia em defender os seus interesses estratégicos face a uma ameaça externa. A Rússia reviu recentemente a sua doutrina nuclear para incluir cenários para a utilização de armas nucleares no caso de um ataque aéreo massivo. Estes acontecimentos realçam a incerteza nas relações entre a Rússia e o Ocidente e as suas implicações para a segurança global.
Confrontada com a escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente devido à guerra na Ucrânia, a Rússia lançou recentemente um exercício massivo das suas forças nucleares. Esta demonstração de força envolveu o disparo de mísseis a milhares de quilómetros numa simulação de resposta nuclear a um suposto ataque inimigo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou a importância de ter forças estratégicas modernas constantemente prontas para serem utilizadas num contexto de crescentes tensões geopolíticas e de emergência de novas ameaças externas. No entanto, afirmou que a Rússia não pretende iniciar uma nova corrida armamentista, mas manterá as suas forças nucleares num nível de suficiência necessário.

Este exercício envolveu a implantação de todas as capacidades nucleares da Rússia, desde mísseis terrestres, marítimos e aéreos. Os mísseis intercontinentais Yars foram testados desde a base de lançamento de Plesetsk até o local de testes de Kura, na Península de Kamchatka. Além disso, os submarinos nucleares Novomoskovsk e Knyaz Oleg realizaram disparos de mísseis balísticos intercontinentais no Mar de Barents e no Mar de Okhotsk, enquanto os bombardeiros estratégicos Tu-95, capazes de transportar armas nucleares, realizaram testes de lançamento de cruzeiros de longo alcance. mísseis.

O Ministério da Defesa russo disse que todos os mísseis atingiram com sucesso os alvos designados. Os exercícios nucleares ocorrem após várias semanas de sinais de Moscovo ao Ocidente de que uma resposta seria iminente se os Estados Unidos e os seus aliados permitissem que a Ucrânia disparasse mísseis de longo alcance contra a Rússia.

Putin reforçou essa mensagem ao anunciar uma nova versão da doutrina nuclear da Rússia, declarando que Moscovo considera um ataque convencional realizado por uma nação não nuclear e apoiado por uma potência nuclear como um ataque conjunto ao país. Ele alertou claramente os Estados Unidos e outros aliados da Ucrânia. Além disso, este documento revisto também prevê a possível utilização de armas nucleares no caso de um ataque aéreo massivo.

Através deste exercício militar, a Rússia está a enviar um sinal forte ao Ocidente sobre a sua capacidade de resposta nuclear em caso de ameaça externa. Estas manobras sublinham a determinação da Rússia em manter a sua posição na cena internacional e defender os seus interesses estratégicos. Durante este período de tensões acrescidas, as relações entre a Rússia e o Ocidente permanecem tensas e incertas, levantando questões sobre o futuro da segurança global e das relações internacionais.

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