A declaração da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) relativa à recusa categórica da mudança ou revisão da Constituição ressoa como um apelo à responsabilidade cívica e à vigilância cidadã. Monsenhor Donation Nshole, Secretário Geral do CENCO, expressou com força e clareza a posição da Igreja Católica Congolesa em relação a este projecto que qualifica como “perigoso” para o país.
Numa entrevista exclusiva à Rádio Okapi, Dom Nshole sublinhou a importância de mobilizar toda a população para se opor a qualquer tentativa de modificação da Constituição. Esta abordagem visa proteger as bases democráticas do Congo e preservar os ganhos obtidos no quadro do Estado de direito.
A voz da Igreja Católica ressoa como um apelo à consciência colectiva, convidando os cidadãos congoleses a permanecerem unidos e vigilantes face às questões políticas que afectam o futuro do país. Enquanto instituição historicamente empenhada na defesa dos direitos e na justiça social, o CENCO desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio democrático e no respeito pelos valores éticos e morais fundamentais.
Esta posição firme expressa por Monsenhor Donation Nshole e CENCO reafirma a importância do papel das organizações civis e religiosas na promoção da boa governação e do respeito pelos princípios democráticos. Ao opor-se claramente a qualquer tentativa de manipulação constitucional, a Igreja Católica do Congo posiciona-se como defensora dos valores democráticos e do interesse geral.
É essencial que esta mobilização cidadã e esta posição enérgica assumida pela CENCO sejam ouvidas e tidas em conta por todos os actores políticos e sociais no Congo. A questão vai muito além das considerações partidárias e individuais; trata-se de preservar a integridade e a soberania do povo congolês e de garantir um futuro democrático e próspero para as gerações vindouras.
Em conclusão, a posição do CENCO e do Monsenhor Donation Nshole é um lembrete essencial da necessidade de proteger as instituições democráticas e de defender os princípios fundamentais da Constituição. Esta declaração corajosa convida-nos a permanecer vigilantes, empenhados e unidos na preservação da democracia no Congo.