A tragédia dos ex-combatentes abandonados no sítio de Diango: a vergonhosa negligência do governo

No coração da província de Ituri, na RDC, 135 ex-combatentes abandonados no local de Diango testemunham a sua angústia. Privados de comida, água e cuidados médicos, estes homens em busca de redenção são deixados à própria sorte. Apesar de um início promissor, a assistência governamental diminuiu, deixando-os sem formação profissional e forçados a actividades precárias. Condições sanitárias deploráveis ​​afectam a sua saúde já precária. O grito de angústia destes homens exige medidas urgentes para garantir a sua reintegração na sociedade e restaurar a sua dignidade.
**A tragédia dos ex-combatentes abandonados no sítio de Diango: vergonhosa negligência do governo**

No coração da turbulenta província de Ituri, na República Democrática do Congo, reside um grupo de 135 ex-combatentes, de vários grupos armados, que clamam pelo abandono. O local de Diango, a cerca de dez quilómetros de Bunia, tornou-se o teatro silencioso da sua angústia, mergulhando estes homens e três mulheres numa profunda angústia.

Estes antigos combatentes, que corajosamente aderiram ao programa de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) em busca de uma segunda oportunidade, encontram-se hoje entregues à sua própria sorte, privados do essencial. Privados de comida, água e medicamentos, a sua vida quotidiana é uma luta desesperada para sobreviver.

É revoltante ver que estes homens, que enfrentaram os horrores da guerra para seguirem o caminho da redenção, se encontram abandonados à sua sorte. Eles testemunham amargamente a falta de apoio do governo, denunciando a assistência que está em declínio há mais de um ano. Apesar de um início promissor, a situação deteriorou-se rapidamente, deixando estes ex-combatentes entregues ao seu próprio destino.

Entre eles, membros de grupos armados como o CODECO, o FPIC e o Zaire, bem como os Mai-Mai, lutavam para se integrar na sociedade após anos de conflito. Eles esperavam por uma formação profissional que nunca se concretizou. Eles são forçados a se envolver em atividades precárias para sobreviver, como a agricultura no solo árido do local.

A situação de saúde dificilmente é melhor. Cerca de vinte ex-combatentes sofrem de diarreia e dores de cabeça, sinais alarmantes de um sistema médico deficiente no local. A higiene deixa muito a desejar, aumentando o risco de doenças infecciosas entre esses homens já debilitados.

O grito de angústia destes ex-combatentes é um apelo urgente à acção do governo. É imperativo acelerar o processo DDRCS, que se arrasta há dois longos anos, para garantir a sua reintegração na sociedade. Estes homens merecem uma segunda oportunidade, uma oportunidade para se reconstruírem e virarem a página negra do seu passado.

É tempo de as autoridades se mobilizarem, não apenas através de promessas vazias, mas através de acções concretas. O abandono destes homens é uma mancha indelével na responsabilidade do governo, uma negligência vergonhosa que não pode mais ser tolerada.

A dignidade e o respeito destes veteranos devem ser restaurados, a sua reintegração facilitada e o seu futuro protegido. É hora de oferecer-lhes a ajuda que merecem, de transformar o seu desespero em esperança e de lhes mostrar que a paz e a redenção não são palavras vazias. O sítio de Diango não deve tornar-se um túmulo silencioso, mas sim um símbolo de resiliência e reconstrução para estes homens corajosos em busca de redenção.

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