“A tão aguardada reunião do Conselho Superior de Defesa, presidida pelo Presidente Félix-Antoine Tshisekedi em Kisangani, provocou fortes reacções e levantou questões cruciais para o futuro da República Democrática do Congo.
O principal objetivo desta reunião estratégica foi reforçar a segurança em todo o território nacional. As orientações e directivas dadas pelo Chefe de Estado realçaram a importância da unidade nacional como elemento-chave para combater qualquer ameaça potencial. Foi também lançado um apelo à vigilância para preservar a tranquilidade e a estabilidade do país num contexto onde a paz continua a ser uma prioridade absoluta.
A presença do Primeiro-Ministro Suminwa Judith e de outros altos funcionários demonstra o compromisso do governo em garantir a segurança e o bem-estar da população congolesa. Esta reunião assume particular importância tendo em vista o primeiro Conselho de Ministros da era Tshisekedi, que será inaugurado hoje em Kisangani, prometendo novas perspectivas para o desenvolvimento e governação do país.
Paralelamente aos seus compromissos de segurança, o Presidente Tshisekedi prestou uma vibrante homenagem às vítimas do genocídio, sublinhando a importância da memória colectiva e da justiça para superar os traumas do passado. O seu comovente encontro com os sobreviventes e o seu gesto simbólico de apoio financeiro à Igreja Católica local reforçam o seu desejo de reconciliação e reparação pelas injustiças históricas.
No entanto, estas iniciativas também suscitaram críticas e questionamentos por parte da oposição política, nomeadamente Moïse Katumbi, que acusa o Presidente Tshisekedi de querer modificar a Constituição para permanecer no poder. Este protesto suscita debates acalorados sobre os limites do poder presidencial e os riscos de excessos autoritários, destacando as tensões políticas e as questões democráticas na RDC.
Assim, a reunião do Conselho Superior de Defesa e a actuação do Presidente Tshisekedi em Kisangani levantam questões essenciais sobre o futuro do país, entre imperativos de segurança, dever de memória e desafios democráticos. Cabe a cada congolês permanecer vigilante e participar ativamente na construção de uma nação forte, justa e próspera”.