O futuro da República Democrática do Congo está indissociavelmente ligado à desmobilização dos grupos armados que operam em certas regiões do país. Isto foi claramente sublinhado pelos líderes comunitários das entidades Hema-Lendu durante o seu encontro com uma delegação da MONUSCO em Rhoe, no território de Djugu. Afirmaram que a saída da MONUSCO só pode ser considerada após a implementação efectiva de um programa de desmobilização, desarmamento e recuperação e estabilização comunitária.
Os líderes locais manifestaram a sua preocupação com a persistência de uma segurança precária nas entidades de Bahema Nord e nos sectores de Walendu Pitsi no território de Djugu, devido à posse de armas pelos grupos armados locais CODECO e Zaire. Estes grupos alimentam um ciclo de violência e represálias que pesa fortemente sobre a população local.
Perante esta situação, os líderes comunitários apelam ao governo para que respeite os seus compromissos em termos de desarmamento das milícias, condição sine qua non para o regresso da paz à região. Reconhecem o papel crucial da MONUSCO na melhoria da segurança e no incentivo à coabitação pacífica, ao mesmo tempo que enfatizam a necessidade de reforçar as patrulhas para facilitar o comércio entre os diferentes mercados comunitários.
A MONUSCO está empenhada em defender junto do governo central a implementação eficaz deste processo de desarmamento e encorajou os líderes locais a priorizarem o diálogo para preservar os ganhos de paz. Perante estes desafios, é crucial que todas as partes interessadas trabalhem em conjunto para garantir um futuro pacífico e próspero para a RDC.
É imperativo que a comunidade internacional apoie os esforços para desmobilizar os grupos armados na RDC e participe activamente na promoção da paz e da segurança na região. Só uma abordagem global e inclusiva, envolvendo todas as partes interessadas, tornará possível enfrentar este grande desafio e lançar as bases para uma estabilidade duradoura na RDC.