Aumento alarmante das violações dos direitos humanos na República Democrática do Congo

O Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos publicou recentemente um relatório alarmante sobre a situação dos direitos humanos na República Democrática do Congo referente ao mês de Setembro do corrente ano. Este relatório destaca as principais tendências nas violações e abusos dos direitos humanos no país, revelando um aumento significativo no número de vítimas em comparação com o mês anterior.

De acordo com dados da UNJHRO, 317 violações e abusos dos direitos humanos foram documentados em Setembro, afectando cerca de 1.400 vítimas. Entre estes, há 428 homens, 409 mulheres, 38 rapazes, 80 raparigas e 440 indivíduos cujo género e idade permanecem desconhecidos. Estes números aumentam 52% em relação a agosto, o que evidencia a dimensão do problema e a gravidade das situações vividas por muitas pessoas na RDC.

O relatório menciona em particular o trágico incidente ocorrido na prisão central de Makala, onde mais de uma centena de reclusos perderam a vida durante uma tentativa de fuga. Esta tragédia contribuiu significativamente para o aumento do número de vítimas registado naquele mês. A UNJHRO aponta que houve um total de 173 mortes sob custódia em Setembro, a maioria das quais ocorreu em Kinshasa.

Apesar de uma queda de 13% nas violações dos direitos humanos nas províncias afectadas por conflitos, as províncias não afectadas registaram um aumento de 20%. Foram relatados casos de prisões e detenções arbitrárias, nomeadamente em Kinshasa e Haut-Katanga, o que realça os problemas persistentes associados à aplicação dos direitos fundamentais nestas regiões.

Além disso, é importante notar que a República Democrática do Congo foi reeleita como membro do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para o mandato 2025-2027. Esta decisão foi contestada por certos sectores da oposição e da sociedade civil, que criticam o historial do país no respeito pelos direitos humanos sob o regime de Félix Tshisekedi.

É crucial tomar consciência destes números e destas realidades para sensibilizar e mobilizar a opinião pública sobre a necessidade de proteger e promover os direitos humanos na RDC. Só a acção colectiva e o compromisso firme podem melhorar a situação e garantir um futuro mais justo que respeite os direitos de todos.

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