Desafios e perspectivas económicas na África Subsaariana e no mundo

A economia global enfrenta desafios, especialmente na África Subsariana, onde o crescimento foi revisto em baixa para 2024. A Nigéria e o Sudão enfrentam dificuldades económicas que estão a afectar a região. No entanto, as projeções para 2025 são otimistas, esperando-se um ligeiro aumento. A nível mundial, o crescimento permanece estável e a inflação deverá cair para 3,5% até ao final de 2025. É crucial que os decisores políticos e económicos trabalhem em conjunto para implementar políticas pró-crescimento e desenvolvimento.
Desde a publicação do recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) intitulado “Perspectivas Económicas Mundiais, Edição de Outubro de 2024”, a África Subsariana tem estado no centro das preocupações económicas internacionais. Na verdade, as projecções de crescimento para a região foram revistas em baixa, de 3,8% para 3,6% para o ano em curso.

Esta revisão em baixa reflecte os desafios económicos que certos países da região enfrentam. Nomeadamente, a estagnação da actividade económica na Nigéria e a crise económica no Sudão contribuíram para esta modesta revisão das projecções. Com a economia sudanesa a contrair-se em 26% devido ao conflito no país, é compreensível que esta situação tenha repercussões no crescimento regional.

No entanto, apesar destes desafios, é encorajador verificar que as previsões para o ano de 2025 mostram um ligeiro aumento, subindo para 4,2%. Esta perspectiva positiva poderia indicar uma possível recuperação económica, mas exigiria medidas políticas e económicas adequadas para ser plenamente concretizada.

Numa perspectiva global, a economia permanece resiliente, com um crescimento planeado de 3,2% em 2024. Os Estados Unidos registam um crescimento sólido de 2,8% no ano em curso, mas espera-se que recuperem a sua taxa de crescimento potencial em 2025. Da mesma forma, os países avançados na Europa deverão experimentar uma recuperação modesta no crescimento no próximo ano, aproximando-se do seu potencial económico.

Relativamente à inflação, as últimas projeções apontam para uma descida das taxas, fixando-se em 3,5% no final de 2025. Esta perspetiva é inferior às taxas registadas entre 2000 e 2009, o que poderá sugerir alguma estabilidade económica à escala global.

Em conclusão, apesar dos desafios económicos enfrentados pela África Subsariana, a região e o mundo como um todo parecem estar a caminhar no sentido do crescimento económico e da estabilidade. É essencial que os decisores políticos e os actores económicos colaborem para implementar políticas conducentes ao crescimento e ao desenvolvimento, a fim de concretizar estas perspectivas positivas e estimular a economia global em direcção a um futuro próspero.

Flory Musiswa

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