Luta cidadã em Luozi: contra o abuso de poder e a desapropriação

Fatshimetria

A tensão está a aumentar em Luozi, onde membros da sociedade civil saíram às ruas para expressar o seu descontentamento. Na verdade, uma marcha pacífica foi organizada na quarta-feira, 23 de Outubro de 2024, para protestar contra as acções consideradas fraudulentas pelo Sr. Ngoma Lusala, Chefe do Registo Predial da jurisdição de Luozi.

Os organizadores da marcha expressaram claramente a sua exigência categórica: a saída imediata e incondicional do Sr. Ngoma Lusala. As críticas que lhe são dirigidas são graves: tentativa de espoliação da pista de pouso, do cemitério e venda de terrenos e lotes já adquiridos.

A faixa hasteada em voz alta pelos manifestantes resume a sua luta: “Não à espoliação da nossa pista de aterragem, não à venda dos nossos cemitérios e não à venda dos nossos terrenos e lotes”. Estas exigências realçam as preocupações legítimas da população de Luozi relativamente a práticas prejudiciais aos seus interesses.

A marcha, que seguiu um percurso específico, partiu da Rotunda de Ngandu até chegar ao escritório do território de Luozi, onde foi entregue um memorando à administração local. Esta ação simbólica sublinha a unidade e a determinação dos residentes em fazerem ouvir as suas vozes para defender os seus direitos e proteger o seu património.

A imagem de Manianga, um povo conhecido pela sua hospitalidade e pacifismo, está a ser testada. Confrontados com grandes questões que afectam o seu próprio ambiente e o seu património, os residentes estão a mobilizar-se e a fazer-se ouvir. Esta mobilização recorda-nos que a sociedade civil é um actor essencial da democracia, capaz de defender os interesses colectivos e de lutar contra os abusos de poder.

A situação em Luozi destaca a importância da vigilância cidadã e da mobilização popular para prevenir abusos e proteger o interesse comum. As exigências legítimas dos residentes devem ser tidas em conta pelas autoridades e devem ser tomadas medidas para garantir a justiça e a equidade.

Em conclusão, a marcha pacífica em Luozi revela uma vontade forte e determinada dos cidadãos de defender os seus direitos e de lutar contra todas as formas de injustiça e desapropriação. Esta mobilização mostra a vitalidade da sociedade civil congolesa e o seu compromisso com uma governação transparente que respeite os interesses de todos.

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