O recente relatório do CREFDL sobre finanças públicas e desenvolvimento local suscitou fortes reacções na opinião pública. Ao afirmar que a Assembleia Nacional teria incluído os pagamentos de 513 deputados nacionais na lei das Finanças de 2025, o CREFDL semeou dúvidas quanto à veracidade das suas análises técnicas.
É fundamental sublinhar que o processo de elaboração do projecto de lei das Finanças não é da responsabilidade da Assembleia Nacional, mas sim do Governo. Consequentemente, as alegações do CREFDL sobre a alegada má gestão financeira da Assembleia Nacional parecem infundadas e carentes de rigor.
Na verdade, o CREFDL parece estar a embarcar num caminho perigoso ao apresentar informações não verificadas e desacreditar uma importante instituição da República Democrática do Congo. É necessário lembrar que qualquer análise, mesmo a análise do cidadão, deve basear-se em factos comprovados e numa abordagem objectiva, o que parece faltar no relatório do CREFDL.
Além disso, é fundamental compreender que a Lei das Finanças 2025 está sujeita a um processo de análise e aprovação pela Assembleia Nacional, de acordo com os procedimentos democráticos em vigor. As afirmações do CREFDL sugerem que persistem práticas orçamentais questionáveis na Assembleia Nacional, sem, no entanto, fornecer provas tangíveis para apoiar estas alegações.
É portanto imperativo que qualquer análise realizada no âmbito do controlo cidadão se baseie em dados objectivos e transparentes, a fim de evitar qualquer exploração para fins políticos ou sensacionalistas. O CREFDL deve trabalhar para fortalecer a sua credibilidade, adoptando uma abordagem rigorosa e imparcial nas suas futuras publicações.
Em conclusão, é essencial que os órgãos de supervisão cidadã contribuam de forma construtiva para a boa governação e a transparência das instituições públicas. O desafio para o CREFDL será rectificar a situação e demonstrar a sua capacidade de realizar análises objectivas e informadas, para benefício de toda a sociedade congolesa.