Fatshimetrie: Acesso aos cuidados de saúde comprometido na região de Rwenzori após ataques rebeldes

**Fatshimetrie: Acesso aos cuidados de saúde comprometido na região de Rwenzori após ataques rebeldes**

O acesso aos cuidados de saúde no sector de Rwenzori tornou-se uma grande preocupação após os recentes ataques dos rebeldes da ADF. Mais de seis mil residentes encontram-se agora sem acesso a serviços médicos essenciais, deixando uma população vulnerável vítima de doenças e riscos acrescidos, de acordo com informações divulgadas pela Nova Sociedade Civil Local.

Após o incêndio de duas estruturas de saúde, nomeadamente o posto de saúde de Vuhumirya, em Março de 2022, e o centro de saúde de referência de Kabalwa, há dois anos, a região enfrenta agora uma situação crítica. Sem alternativas próximas, a população local, estimada em cerca de 6.000 pessoas, tem de percorrer longas distâncias para receber cuidados adequados.

Meleki Mulala, coordenador da Nova Sociedade Civil, sublinha a urgência da situação e apela à intervenção imediata das autoridades competentes e dos seus parceiros. “As consequências destes ataques são dramáticas, colocando em perigo a saúde e a vida dos habitantes desta região vulnerável. As mulheres grávidas são particularmente afetadas, tendo de enfrentar condições precárias de acesso aos cuidados, por vezes até perdendo a vida no caminho”, lamenta.

A dificuldade de transporte de pacientes para outras estruturas de saúde é agravada pela presença activa das FARDC na zona, tornando as viagens nocturnas extremamente perigosas. As estradas intransitáveis ​​e a crescente insegurança estão a forçar a população local a enfrentar desafios intransponíveis no acesso aos cuidados de saúde básicos, realçando a urgência de uma acção concertada para responder a esta crise humanitária.

A situação actual no sector de Rwenzori revela as falhas no sistema de saúde e a necessidade de mobilização urgente para restaurar o acesso aos cuidados de saúde para as populações afectadas. É imperativo que as autoridades competentes tomem medidas rápidas e eficazes para garantir a saúde e o bem-estar de todos, pondo fim à precariedade e ao sofrimento dos habitantes desta região devastada por conflitos armados e catástrofes humanitárias.

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