Uma nova Constituição para um Congo restaurado: Reconectando-se com a identidade nacional

Num contexto onde a questão da Constituição na República Democrática do Congo suscita debates apaixonados, o último trabalho do Professor Placide Mabaka traz uma nova perspectiva rica em lições. Intitulado “Uma nova Constituição para um Congo restaurado”, este livro levanta pontos cruciais sobre a necessidade de o país se munir de um texto fundamental escrito pelos congoleses e para os congoleses, em solo congolês. Um apelo à reconexão com a própria essência da soberania nacional e da legitimidade democrática.

No centro desta reflexão está o desejo de definir os contornos de um Congo restaurado, capaz de se reinventar através de uma Constituição moderna e adaptada aos desafios do século XXI. O autor destaca a importância de questões fundamentais como o nome do país, a forma do Estado, o hino nacional, todos elementos simbólicos que ajudam a forjar a identidade e a coesão nacional.

A experiência passada de desmembramento das províncias congolesas também é abordada de forma crítica, destacando as consequências nefastas de tal política na coesão social e territorial do país. Placide Mabaka convida-nos assim a repensar a questão da descentralização, garantindo que esta é compatível com as especificidades e aspirações das diferentes comunidades congolesas.

Numa entrevista exclusiva à revista Direitos e Cidadania, o Professor Mabaka expõe as ideias-chave da sua proposta para uma nova Constituição. Através de uma análise detalhada e fundamentada, defende a necessidade de um processo inclusivo e transparente, garantindo a participação de todos os cidadãos no desenvolvimento deste texto fundamental.

Em última análise, “Uma nova Constituição para um Congo restaurado” apresenta-se como uma importante contribuição para o debate constitucional na RDC. Ao defender uma abordagem participativa e concertada, o trabalho de Placide Mabaka abre caminho a uma reflexão profunda sobre os fundamentos do Estado de direito e da democracia no Congo, impulsionando assim o país para um futuro marcado pela responsabilidade e pela cidadania activa.

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