O fascinante mundo das criaturas vivas nunca deixa de nos surpreender com sua incrível diversidade. Uma das características mais surpreendentes é a cor do sangue que varia de uma espécie para outra. Embora estejamos acostumados a associar o sangue a um tom vermelho intenso, na verdade há uma infinidade de outros tons usados por diferentes criaturas. Vamos embarcar juntos na descoberta de cinco animais cujo sangue não se parece em nada com o nosso e explorar as razões pelas quais o seu fluido vital assume nuances tão particulares.
1. Polvo – sangue azul
O polvo, com a sua notável inteligência e oito braços flexíveis, não é apenas uma criatura fascinante dos oceanos, mas também tem sangue azul. Essa particularidade se deve à presença da hemocianina, uma proteína que contém cobre. A hemocianina ajuda a transportar oxigênio pelo corpo do polvo, particularmente útil nas águas frias e profundas onde vivem esses animais. O cobre, quando se liga ao oxigênio, dá essa cor azul ao sangue do polvo, da mesma forma que o ferro da nossa hemoglobina lhe dá a tonalidade vermelha. Esta adaptação única permite que os polvos prosperem em ambientes que podem ser hostis a outros animais.
2. Caranguejo-ferradura – sangue azul
Os caranguejos-ferradura, criaturas ancestrais que existem há milhões de anos, também têm sangue azul graças à hemocianina, assim como os polvos. Mas esta não é a sua única particularidade. O sangue do caranguejo-ferradura contém substâncias que podem detectar bactérias nocivas. É por isso que o sangue do caranguejo-ferradura é usado na medicina para garantir a segurança de vacinas e outros medicamentos.
3. Lagarto de sangue verde – sangue verde
Alguns lagartos, lagartos que vivem na Nova Guiné, têm sangue verde devido à presença de biliverdina, um resíduo geralmente excretado por outros animais. Em altas doses, a biliverdina é tóxica, mas esses lagartos desenvolveram uma tolerância a essa substância e uma capacidade única de retê-la dentro de si.
4. Verme do Amendoim – Sangue Roxo
Os vermes do amendoim, pequenas criaturas marinhas de corpo mole, têm sangue roxo graças a uma proteína chamada hemeritrina, que usa ferro para transportar oxigênio, mas de uma forma diferente da hemoglobina em nosso sangue. O sangue adquire essa tonalidade roxa quando a hemeritrina se liga ao oxigênio.
5. Peixe-gelo – sangue transparente
Os peixes do gelo, que habitam as águas frias da Antártica, têm sangue transparente ou incolor porque não possuem hemoglobina. Sem esta proteína, o sangue não fica vermelho. Como eles sobrevivem sem hemoglobina? A água fria em que vivem contém mais oxigênio, e seus corpos se adaptaram para absorver oxigênio diretamente através da pele e de outros tecidos.. Esta extraordinária adaptação permite-lhes viver em águas geladas onde outros peixes não sobreviveriam.
Esta rica variedade de cores sanguíneas no reino animal mostra como a natureza pode ser surpreendente e cheia de adaptações incríveis. Cada tonalidade é o resultado de uma evolução específica que permite a estes animais residir e prosperar em ambientes únicos, proporcionando uma visão sobre a diversidade e complexidade da vida na Terra.