Neste momento crucial para a democracia no Chade, cerca de quinze partidos da oposição decidiram boicotar as próximas eleições legislativas, provinciais e municipais. Esta decisão, motivada por críticas a um registo eleitoral considerado irregular e garantias insuficientes quanto à transparência do voto, sublinha as grandes questões que rodeiam o processo eleitoral no país.
Marcadas para 29 de dezembro, as eleições prevêem que os potenciais candidatos sejam convidados a apresentar as suas candidaturas entre 19 e 28 de outubro. No entanto, apesar deste procedimento em curso, os partidos da oposição, excluídos da transição em curso e ausentes das instituições, apelaram ao povo chadiano para implementar um “bloqueio eleitoral” para protestar contra o que consideram ser uma falta de transparência e legitimidade.
Neste contexto tenso, é interessante notar que o partido do Sucesso Masra, antigo Primeiro-Ministro, ainda não esclareceu a sua posição e a sua estratégia sobre este assunto, deixando dúvidas quanto à evolução da situação política no país.
Estas eleições de 29 de dezembro ocorrem depois de muitos anos de espera, marcadas por sucessivos adiamentos devido às ameaças jihadistas, à pandemia de Covid-19 e ao período de transição que se seguiu à morte do Presidente Idriss Déby em 2021. Este contexto complexo levanta questões cruciais sobre a situação política do país. estabilidade e o futuro da sua democracia.
Dado que o Chade atravessa um período crucial na sua história política, é essencial permanecer atento à evolução destes acontecimentos e ao impacto que poderão ter na vida dos cidadãos e na estabilidade da região. As próximas semanas prometem ser decisivas para o futuro democrático do país, sendo fundamental mantermo-nos informados e empenhados face a estas questões cruciais.