Num contexto marcado pelo aumento das rendas em todo o país, muitos cidadãos vêem-se impactados por aumentos significativos que os mergulham numa situação financeira difícil. Este aumento das rendas, considerado insuportável por muitos inquilinos, leva-os a manifestar o seu descontentamento e a sua preocupação com o aumento do custo da habitação.
Cidadãos entrevistados em diferentes regiões do país concordam que a situação se tornou preocupante e requer intervenção urgente das autoridades federais e estaduais. Defendem a implementação eficaz das leis de arrendamento existentes por parte dos governos locais para proteger os inquilinos dos proprietários que caracterizam como tubarões e dos seus agentes.
Além disso, destacam a necessidade de os governos, a todos os níveis, construírem habitações acessíveis para trabalhadores de baixos rendimentos e imporem um limite às rendas para ajudar os inquilinos. O inquérito revela um aumento das rendas na ordem dos 150% nos últimos dois anos em diversas cidades, obrigando muitos residentes a deslocarem-se para as periferias em busca de habitação a preços acessíveis.
Por exemplo, em Kano, alguns inquilinos deploram a dificuldade crescente de pagar rendas na capital, com os proprietários a aumentarem as rendas conforme desejarem. Em áreas nobres como Nasarawa GRA, Bompai e Badawa, as tarifas para apartamentos de dois e três quartos aumentaram significativamente. Os elevados custos de construção, que triplicaram segundo o vice-presidente da Associação de Desenvolvimento de Agentes Imobiliários de Kano, Sabiu Ado, justificam estes aumentos.
Assim, muitos inquilinos vêem-se confrontados com aumentos repentinos e por vezes abusivos, obrigando-os a rever o seu orçamento e a fazer escolhas difíceis. Neste contexto de incerteza económica, muitos proprietários justificam estes aumentos como uma necessidade para manter a rentabilidade dos seus investimentos.
Por outro lado, os inquilinos manifestam a sua frustração com os aumentos arbitrários que dificultam ainda mais o seu dia a dia. Alguns apelam às autoridades locais para que intervenham para regular o mercado de arrendamento e proteger os inquilinos contra abusos por parte dos proprietários.
Perante esta realidade, é essencial que sejam tomadas medidas concretas para garantir um acesso justo à habitação para todos. As autoridades públicas devem trabalhar em colaboração com as partes interessadas envolvidas para encontrar soluções sustentáveis e equitativas que satisfaçam as necessidades dos inquilinos, tendo simultaneamente em conta as limitações dos proprietários.. A regulamentação do mercado de arrendamento, a construção de habitação a preços acessíveis e a promoção de uma relação respeitosa e equitativa entre inquilino-proprietário são caminhos a explorar para resolver esta questão premente que afecta muitos cidadãos em todo o país.