A situação actual no Médio Oriente é muito preocupante, com Israel a continuar o seu bombardeamento incessante da Faixa de Gaza, especialmente nas regiões do norte. Estes ataques suscitam sérias preocupações sobre o possível ressurgimento do “plano dos cinco dedos” inicialmente concebido pelo antigo primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, e potencialmente implementado pelo actual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Este plano, elaborado em 1971 por Ariel Sharon, então comandante da região sul de Israel, visava dividir a Faixa de Gaza em cinco zonas, incluindo bases militares e colonatos israelitas. O seu objectivo era mudar a composição demográfica de Gaza, diminuindo os centros populacionais árabes e cortando as ligações entre eles.
Esta escalada de tensões levou as Nações Unidas a alertar para o risco de uma guerra generalizada devido à agressão de Israel ao Líbano e aos territórios palestinianos. Ao mesmo tempo, Tel Aviv anunciou a sua intenção de responder aos recentes ataques de mísseis atacando o Irão.
Especialistas alertam contra as ações de Netanyahu, dizendo que ele está agindo impunemente, aproveitando a aproximação das eleições nos EUA e a ocupação da administração dos EUA. Está a trabalhar para eliminar o movimento Hamas e as suas infra-estruturas, visando especialmente destruir os túneis, embora apenas 40% deles tenham sido neutralizados até agora.
A situação humanitária no norte da Faixa de Gaza é crítica, com quase 100 mil pessoas deslocadas e um cerco imposto por Israel. Além disso, Netanyahu parece determinado a destruir o sul do Líbano, planeando operações até 6 de Novembro para eliminar a infra-estrutura do Hezbollah.
O recente ataque às forças internacionais de manutenção da paz no Líbano pelas forças israelitas provocou uma forte reacção por parte da comunidade internacional. O Secretário-Geral das Nações Unidas classificou este ato como uma violação flagrante do direito internacional.
Esta escalada de tensões no Médio Oriente ilustra a fragilidade da situação regional e sublinha a necessidade urgente de uma acção diplomática concertada para evitar uma escalada militar com consequências devastadoras.