Revisão constitucional na RDC: o apelo da ENVOL à resistência cidadã

O partido ENVOL dá o alarme sobre uma provável revisão constitucional na República Democrática do Congo. Esta iniciativa suscita forte oposição por parte da oposição política, que percebe nesta manobra um risco para a estabilidade democrática do país. Na verdade, qualquer modificação da Constituição poderia pôr em causa as conquistas democráticas duramente conquistadas e levar a um regresso a práticas autoritárias, pondo assim em perigo o frágil equilíbrio institucional do país.

O principal argumento apresentado pela ENVOL é que a actual Constituição é o resultado de um compromisso nacional que visa estabilizar as instituições congolesas. Com efeito, a Constituição de 2006 foi elaborada num contexto de crises políticas recorrentes e permitiu pôr fim aos desafios à legitimidade das instituições. Assim, qualquer questionamento deste pacto republicano poderia enfraquecer a democracia e o Estado de direito na RDC.

A questão da intangibilidade de certos artigos, em particular do artigo 220.º, que proíbe qualquer revisão dos princípios fundamentais, está no centro das preocupações da oposição. Para a ENVOL, estas disposições não são negociáveis ​​e qualquer tentativa de as contornar constituiria uma traição ao povo congolês, que se mobilizou massivamente para defender a Constituição durante as manifestações populares entre 2015 e 2018.

Ao apelar à resistência dos cidadãos contra esta potencial revisão constitucional, a ENVOL convida todas as forças activas do país a mobilizarem-se para salvaguardar as conquistas democráticas. Esta luta não diz apenas respeito à preservação de um texto jurídico, mas também à dignidade do povo congolês e à construção de uma nação moderna e estável. Cada cidadão é chamado a expressar o seu desacordo de uma forma pacífica e democrática, a fim de fazer ouvir a sua voz neste debate crucial para o futuro da RDC.

Em conclusão, a revisão constitucional na RDC suscita preocupações legítimas por parte da oposição política, que vê nesta abordagem um potencial retrocesso em direcção a um regime autoritário. A vigilância e a mobilização dos cidadãos parecem ser os únicos baluartes contra esta ameaça à democracia e ao Estado de direito no país.

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