Comissão ad hoc para a justiça: reforma judicial em curso na RDC

Fatshimetrie, 8 de outubro de 2024 – Uma comissão ad hoc responsável pelo registo dos processos judiciais de pessoas vítimas de injustiça foi recentemente criada em Lubumbashi, capital da província de Haut-Katanga, na República Democrática do Congo. Esta iniciativa, liderada pelo Ministro da Justiça e Guardião dos Selos Constant Mutamba, enquadra-se nas consultas populares que visam aliviar as infra-estruturas prisionais sobrelotadas, em particular a prisão central de Kassapa.

O Ministro Mutamba, durante a sua visita à região, quis constituir uma equipa de especialistas para recolher os ficheiros das pessoas prejudicadas pelo sistema judicial. Esta equipa operou no tribunal antes de ser transferida para a Divisão de Justiça Provincial para receber reclamações e solicitações dos cidadãos. O objetivo desta abordagem é permitir uma análise aprofundada dos casos e fornecer respostas adaptadas às necessidades daqueles que foram afetados pela injustiça.

Paralelamente a esta acção, o Ministro Mutamba também tomou medidas concretas para aliviar a sobrelotação prisional, concedendo liberdade condicional a 250 reclusos, alguns dos quais estavam doentes. Esta decisão foi bem recebida por muitos observadores, enfatizando a importância de reformar o sistema judicial para garantir uma justiça mais equitativa e humana.

Ao viajar para Kasumbalesa, na fronteira com a Zâmbia, o Ministro da Justiça demonstrou a sua vontade de abordar as questões da justiça de uma forma global, tendo em conta as especificidades regionais e locais. Esta abordagem inclusiva e proactiva mostra o compromisso do governo em ouvir as preocupações dos cidadãos e em implementar medidas concretas para melhorar o sistema judicial como um todo.

Em conclusão, a criação desta comissão ad hoc e as acções empreendidas pelo Ministro Mutamba demonstram um desejo de reformar e modernizar o sistema judicial congolês. Ao dar voz aos cidadãos e agir proactivamente para resolver os problemas existentes, o governo está a demonstrar a sua determinação em garantir que a justiça seja mais transparente, equitativa e acessível a todos.

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