**Fatshimetrie: Um desacordo notado durante a cúpula dos países de língua francesa em Paris**
A cimeira dos países de língua francesa realizada em Paris este fim de semana foi marcada por um incidente notável envolvendo o presidente congolês Félix Tshisekedi. Na verdade, para protestar contra a falta de menção ao conflito no leste da RDC no discurso de abertura do Presidente francês Emmanuel Macron, Tshisekedi decidiu retirar-se da cimeira de chefes de Estado, criando assim uma situação embaraçosa para a diplomacia francesa.
Além da ausência na cimeira de chefes de Estado, o presidente congolês também optou por não participar num almoço organizado por Louise Mushikiwabo, secretária-geral da Organização Internacional da Francofonia. Este último, antes de ocupar este cargo, foi durante muitos anos Ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda.
As autoridades de Kinshasa interpretaram a omissão do conflito no leste da RDC no discurso de Macron como uma tentativa da França de apaziguar Kigali. O Congo e as Nações Unidas sustentam que as tropas ruandesas e os rebeldes do M23 lutam lado a lado em território congolês.
Numa conferência de imprensa no sábado à noite, Macron negou ter tomado partido, dizendo que estava a encorajar os dois países a chegarem a um acordo em conversações mediadas por Angola.
À margem da cimeira, Macron manteve reuniões separadas com os líderes do Ruanda e da RDC. Estas discussões tiveram como objetivo aliviar as tensões e promover o diálogo construtivo entre os dois países.
Esta disputa entre a RDC e a França destacou as questões complexas da diplomacia internacional e destaca a importância de uma comunicação eficaz entre as nações para resolver pacificamente os conflitos regionais. A cimeira dos países de língua francesa em Paris revelou, portanto, as tensões subjacentes que persistem em partes de África e a necessidade de uma diplomacia proactiva para promover a estabilidade e a cooperação entre as nações.