Universidade da Nigéria: crise iminente entre ASUU e governo federal

A Universidade da Nigéria encontra-se mais uma vez no meio de uma crise iminente, alimentada pelas exigências não satisfeitas do Sindicato do Pessoal Académico das Universidades (ASUU) ao Governo Federal. A tensão aumenta à medida que a ASUU planeia declarar uma greve após a expiração iminente do prazo de 14 dias para o governo responder às suas exigências.

O Coordenador Zonal da ASUU Calabar, Camarada Happiness Uduk, alertou claramente o governo, dizendo que este último será responsabilizado por qualquer perturbação da harmonia industrial que surja da sua indiferença para com a sua situação. A deterioração das relações entre o governo e a ASUU é atribuída à insensibilidade, falta de sinceridade, indiferença e tácticas dilatórias utilizadas pelas autoridades.

O sindicato denuncia a falta de progressos concretos nas negociações com o governo, sublinhando que as múltiplas reuniões e reuniões realizadas não resultaram em progressos significativos, mas serviram para gastar fundos públicos em compensações a agentes governamentais. Os membros da ASUU expressam frustração com anos de promessas quebradas e diálogo estagnado, colocando em risco a estabilidade das instituições terciárias.

As queixas levantadas pela ASUU incluem a necessidade de uma conclusão antecipada da renegociação do Acordo ASUU/FGN de ​​2009, bem como a implementação dos Memorandos de Entendimento celebrados entre 2013 e 2022, que permaneceram letra morta. O sindicato lamenta a falta de envolvimento do governo na implementação dos acordos celebrados após anos de negociações, deixando assim os trabalhadores universitários numa situação de insegurança salarial e de gestão inconsistente dos seus rendimentos.

Num ultimato de 14 dias ao governo, a ASUU exige ações concretas para responder às preocupações dos seus membros, ou arrisca-se a desencadear uma greve generalizada que poderia paralisar o sistema educativo do país. Apesar dos desafios encontrados, o sindicato continua determinado a defender os interesses dos seus membros e a continuar a sua luta por condições de trabalho dignas e por reformas no sector da educação.

O actual impasse entre o governo e a ASUU realça as tensões em curso no sector do ensino superior da Nigéria, destacando o diálogo social disfuncional e a necessidade de medidas urgentes para evitar uma crise grave. Os riscos são elevados e cabe às autoridades tomar medidas significativas para garantir a estabilidade e a qualidade da educação no país.

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