Fatshimetrie: mobilização cidadã para uma melhor governação
Nesta sexta-feira, enquanto o movimento #EndBadGovernance convocava protestos em todo o país, a capital do estado de Ekiti, Ado-Ekiti, vivia um dia pacífico, sem sinais de mobilização. Com efeito, o Parque Fajuyi, habitual ponto de encontro dos protestos, permaneceu deserto, dando lugar à calma e à ausência de manifestantes.
As ruas da cidade permaneceram calmas, o comércio aberto manteve as suas actividades habituais e o tráfego automóvel fluiu suavemente, longe da agitação que seria de esperar durante um dia de protesto nacional.
Quando questionados sobre esta situação, vários moradores manifestaram a sua preferência por ficar em casa, justificando a sua escolha pelo desejo de preservar os seus escassos recursos para os próximos dias, em vez de os gastar em protestos de rua com resultados incertos.
Esta reacção, embora díspar, levanta questões sobre a forma como os cidadãos percebem a eficácia da mobilização social e o seu impacto no actual panorama político. Enquanto alguns preferem a acção directa e a visibilidade de manifestações públicas, outros parecem favorecer formas de envolvimento mais subtis e pessoais.
Em última análise, este dia sem mobilização em Ado-Ekiti convida-nos a refletir sobre as múltiplas faces do envolvimento dos cidadãos e sobre as diferentes estratégias para fazer ouvir a nossa voz num contexto político complexo e muitas vezes desiludido. Embora a luta por uma melhor governação continue a ser uma questão crucial para muitos nigerianos, o debate sobre as formas mais eficazes de o conseguir está longe de terminar.
Entretanto, Ado-Ekiti descansa neste dia de mobilização, deixando o mistério pairando sobre as próximas ações que os seus residentes poderão tomar para avançar na sua luta por uma melhor governação.