Fatshimetrie: A crise dos refugiados sudaneses no Norte de África
A crise dos refugiados sudaneses no Norte de África continua a intensificar-se, com mais de 350 mil refugiados e requerentes de asilo registados pelas Nações Unidas desde o início do ano. Entre eles, nada menos que 97 mil migrantes entraram na Líbia desde Abril passado, procurando desesperadamente refúgio e protecção.
Sivanka Dhanapala, diretora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, sublinha a importância de ter em conta todos os desafios que estes migrantes enfrentam: “É crucial considerar que os problemas não começam no Norte de África. É necessária uma resposta global e transregional, a partir da origem das viagens migratórias.”
Entre Janeiro e Agosto deste ano, mais de 134 mil refugiados e migrantes partiram do Norte e do Oeste de África para a Europa, o que representa uma ligeira diminuição em relação ao ano anterior. No entanto, estes números não devem mascarar o sofrimento e os perigos enfrentados por estes indivíduos, tentando encontrar refúgio longe dos conflitos e crises que assolam os seus países de origem.
Liljert, diretor da Organização Internacional para as Migrações, também informou o conselho sobre a situação, reconhecendo as razões subjacentes pelas quais estas pessoas abandonam as suas casas e os desafios assustadores que enfrentam ao longo do caminho. Apela a uma ação firme e urgente para responder a esta crise humanitária em grande escala, enfatizando a importância de compreender as causas profundas destas migrações forçadas.
As imagens comoventes destes refugiados sudaneses que tentam chegar à Europa por mar suscitam emoção e reflexão. Estes homens, mulheres e crianças que fogem da violência e da angústia merecem atenção inabalável e ajuda internacional. Já é tempo de agir, de chegar a estas almas angustiadas e de trabalhar em conjunto para encontrar soluções duradouras para esta crise humanitária cada vez pior.