O Ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdel-Ati, expressou recentemente com veemência a condenação do Cairo à agressão de Israel ao Líbano. Segundo ele, esta ofensiva representa uma flagrante violação da soberania, integridade territorial e independência política do Líbano.
Durante o seu discurso durante o debate geral da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Abdel-Ati disse que “a contínua agressão brutal de Israel na Faixa de Gaza durante quase um ano e a contínua agressão na Cisjordânia constitui uma verdadeira mancha no perante a comunidade internacional e as suas instituições, que são incapazes de desenvolver os esforços mínimos necessários para pôr fim a esta agressão.
O ministro acrescentou que o Egipto condena veementemente “a perigosa escalada liderada por Israel, que não conhece limites e que está a levar a região à beira do abismo”.
Abdel-Ati sublinhou que a principal prioridade é parar imediata, permanente e incondicionalmente o derramamento de sangue e opor-se firmemente a qualquer tentativa de liquidar a causa palestiniana através de políticas de deslocação ou de substituição da população.
Salientou também a importância vital do acesso total e incondicional à ajuda humanitária e médica para a população civil indefesa da Faixa de Gaza.
Abordando os esforços de mediação do Egipto com o Qatar e os Estados Unidos, Abdel-Ati mencionou que Israel tem procurado obstruir estes esforços durante vários meses.
Além disso, o Ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio sublinhou que o seu país continuará a assumir as suas responsabilidades na resposta humanitária às crises que assolam o seu ambiente regional, tornando o Egipto o terceiro país do mundo a receber pedidos de asilo em 2023.
Indicou também que há limites que não devem ser ultrapassados no que diz respeito aos encargos que o Egipto pode suportar, sublinhando assim a clara responsabilidade da comunidade internacional em fornecer apoio abrangente para colmatar as lacunas de financiamento e mobilizar os recursos necessários para satisfazer as necessidades das operações humanitárias e as exigências dos refugiados de países afectados por conflitos.