A implantação da força policial queniana no Haiti é um acontecimento que está a atrair a atenção internacional. Durante a sua visita ao Haiti, o Presidente queniano, William Ruto, destacou os progressos significativos alcançados na segurança graças à presença das forças policiais quenianas.
No seu discurso à Assembleia Geral da ONU, o Presidente Ruto apelou à comunidade internacional para apoiar a missão multinacional de apoio à segurança no Haiti, liderada pelas forças quenianas. Esta missão, autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, contou com o envio de 382 agentes policiais especialmente treinados pelo Quénia.
A visita do presidente queniano ao Haiti permitiu-lhe ver progressos no terreno, particularmente em termos de pacificação de cidades e bairros, protecção de infra-estruturas críticas e libertação de comunidades anteriormente sob a influência de grupos criminosos.
O Quénia planeia enviar mais agentes policiais para o Haiti, como parte de uma força multinacional de 2.500 membros. A medida faz parte do compromisso do Quénia de liderar a força multinacional, disponibilizando 1.000 agentes policiais.
A situação no Haiti é complexa, com desafios em termos de segurança e apoio financeiro. Alguns países estão a reconsiderar a sua participação, enquanto outras crises monopolizam a atenção. Os Estados Unidos pretendem transformar a sua missão policial proposta numa operação de manutenção da paz das Nações Unidas para garantir um maior financiamento para o Haiti.
O objectivo é garantir o apoio do Conselho de Segurança para transformar a iniciativa de apoio à segurança liderada pelo Quénia numa missão de manutenção da paz, permitindo o financiamento automático através do quadro das Nações Unidas.
O anúncio pelos Estados Unidos de um financiamento adicional de mais de 40 milhões de dólares para o Haiti, além dos 360 milhões já comprometidos para a missão policial, demonstra o compromisso com a estabilidade e consolidação da segurança no Haiti.
Desde o apelo internacional do Haiti por ajuda em Outubro de 2022, a violência afectou muitas vidas, com o número de mortes a ultrapassar os 8.000, incluindo mais de 3.000 só este ano. A ausência de um governo nacional forte e a vaga presidencial abriram caminho ao aumento da violência, com gangues a montar bloqueios de estradas, a raptar e a matar civis e a atacar bairros inteiros.
A ONU informa que mais de 200 mil pessoas foram deslocadas entre Março e Maio, sublinhando a urgência da situação no Haiti e a importância do apoio internacional para restaurar a paz e a segurança no país.
A cooperação internacional e o compromisso das nações são essenciais para responder à crise haitiana e proporcionar um futuro mais seguro e estável ao seu povo. A luta contra o crime e a violência no Haiti exige uma acção concertada e uma assistência contínua por parte da comunidade internacional.