As eleições na República Democrática do Congo representam um momento crucial para a democracia e a inclusão. Na verdade, as eleições sempre foram uma oportunidade para os cidadãos se fazerem ouvir e participarem activamente na vida política do seu país. No entanto, nos últimos anos têm surgido desafios à inclusão, destacando as barreiras enfrentadas por determinados grupos da sociedade, como os povos indígenas, as pessoas com deficiência, os jovens e as mulheres.
As eleições de dezembro de 2023 foram marcadas por estes desafios, mas também por oportunidades de inclusão. Os especialistas sublinham a importância de garantir a participação de todos os cidadãos, independentemente do seu perfil, no processo eleitoral. É com isto em mente que um encontro para troca de experiências foi organizado em Kinshasa pela Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES), reunindo grupos marginalizados e a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Para as eleições de 2028, é crucial encontrar soluções concretas para garantir uma maior inclusão. Isto envolve sensibilizar os vários actores políticos e a sociedade civil para a importância de garantir os direitos de todos os cidadãos de participarem plenamente no processo democrático. As recomendações de especialistas e representantes de grupos marginalizados, como Glory Mbangu e Yves Manza, são essenciais para identificar ações a serem implementadas.
A inclusão não deve ser um obstáculo, mas sim uma força para a democracia na RDC. É fundamental trabalharmos juntos para superar as barreiras que impedem a plena participação de todos na vida política do país. As próximas eleições oferecem a oportunidade de estabelecer práticas mais inclusivas e fortalecer os valores democráticos no seio da sociedade congolesa.
Assim, ao mobilizar-se para promover a inclusão e a igualdade de oportunidades no processo eleitoral, a RDC poderá afirmar o seu compromisso com uma democracia verdadeiramente representativa e inclusiva para todos, onde cada voz conta e cada cidadão tem o seu lugar.