Fatshimetrie observou recentemente uma cena marcante em frente à sede da Corporação Nigeriana de Seguros Agrícolas (NAIC), transformada num centro de pagamento para a compra de arroz subsidiado. Centenas de moradores estavam reunidos, ansiosos para serem cuidados.
Essas pessoas alegaram estar ali desde o início do processo, ou seja, desde a segunda-feira anterior, sem ter conseguido avançar na fila. Alguns foram informados do procedimento e vieram efetuar o pagamento, mas ficaram presos num ciclo administrativo.
Muitos moradores relataram que chegaram já às 6h para ver seus nomes inscritos em uma lista, mas o processo foi trabalhoso.
A venda de 30 mil toneladas de arroz processado, a um preço subsidiado de 40 mil nairas por saco de 50 kg, foi lançada pelo governo federal. A sede do NAIC serviu como ponto de pagamento, antes dos beneficiários receberem um recibo para recolher o seu saco de arroz noutro local do distrito central.
No entanto, os pagamentos revelaram-se difíceis para muitas pessoas, que tinham dificuldade em entrar nas instalações devido à entrada restrita em longos intervalos. Alguns reclamaram de esperar sem sucesso, vendo determinados grupos sendo priorizados.
Emmanuel Oshodi, um funcionário público, relatou a sua tentativa frustrada de aceder ao centro de pagamentos na terça-feira, encontrando recusa por parte dos funcionários sob o pretexto de que apenas os jornalistas eram apoiados.
Deborah Alexis compartilhou sua frustração ao saber que o servidor estava fora do ar e os pagamentos não estavam disponíveis. Ela se questionou sobre a persistência desse sofrimento para adquirir um saco de arroz que pagaria de qualquer maneira.
Ebenezer Ayiri propôs simplificar o processo de pagamento através da exploração de plataformas de pagamento online, destacando ao mesmo tempo os efeitos deletérios do processo actual sobre os cidadãos.
Uche Joseph expressou sua consternação depois de passar dois dias em vão, questionando a relevância desta abordagem kafkiana para obter um simples saco de arroz. Ele instou o governo a conceber uma abordagem mais acessível para a distribuição de bens de primeira necessidade.
A situação complicou-se ainda mais quando um funcionário do Gabinete do Conselheiro de Segurança Nacional ameaçou suspender a operação depois de ter sido impedido de aceder às instalações. No entanto, nenhum funcionário da NAIC estava disponível para dar a sua versão dos factos.
Fatshimetrie lembrou que a distribuição de arroz subsidiado faz parte de um conjunto de intervenções do governo federal para aliviar as dificuldades económicas enfrentadas pela população.
Esta cena da vida quotidiana ilustra os obstáculos que muitos nigerianos enfrentam na sua busca pelas necessidades básicas, destacando a importância de melhorar os processos de acesso aos bens básicos de uma forma mais eficiente e equitativa.