O inesperado ressurgimento dos pagers: uma alternativa segura no mundo digital

As notícias recentes no Líbano foram marcadas por uma série de explosões em vários redutos do Hezbollah, causando ferimentos a muitas pessoas. Os soldados do exército libanês tiveram de se mobilizar rapidamente para fornecer segurança, enquanto ambulâncias foram mobilizadas para transportar os feridos para hospitais em Beirute. Estes incidentes ocorrem em meio a tensões contínuas entre Israel e os combatentes do Hezbollah.

No centro destes trágicos acontecimentos estão os pagers, pequenos dispositivos de comunicação outrora essenciais que ressurgiram de formas surpreendentes. Embora os smartphones tenham suplantado amplamente os pagers na vida diária, eles continuam a ser usados ​​por alguns, fornecendo uma alternativa confiável às redes tradicionais de telefonia móvel.

Os pagers, graças à sua frequência dedicada, oferecem uma comunicação mais segura, evitando interrupções e potenciais interceptações de comunicações. É por isso que o Hezbollah recomendou aos seus membros que favorecessem os pagers depois de um ataque anterior que desencadeou um conflito armado em Gaza.

Embora os pagers tenham atingido o seu auge nas décadas de 1980 e 1990, com milhões deles em circulação em todo o mundo, continuam a ser utilizados em setores específicos, como os hospitais. Segundo estudo publicado em 2017, quase 80% dos médicos hospitalares nos Estados Unidos utilizam pagers, destacando sua importância na área médica.

Fora do setor médico, os pagers também são utilizados em atividades menos saborosas, como o tráfico de drogas. Os fabricantes destacam a confiabilidade desses dispositivos, capazes de transmitir alertas mesmo através de obstáculos físicos, enquanto redes Wi-Fi ou telefônicas podem apresentar mau funcionamento.

A história dos pagers remonta ao final da década de 1940, com a invenção deste dispositivo de comunicação sem fio por Alfred Gross. O primeiro pager foi usado em um hospital de Nova York antes de ser popularizado pela empresa Motorola, que dominou o mercado durante décadas. Desde a década de 1980, os pagers evoluíram para permitir o envio de mensagens escritas, garantindo assim uma comunicação eficaz e discreta.

Concluindo, embora os smartphones tenham se tornado as ferramentas de comunicação mais difundidas, os pagers mantêm a sua utilidade em áreas específicas, oferecendo uma alternativa confiável e segura. Estes recentes incidentes no Líbano sublinham a importância de diversificar os meios de comunicação para garantir a confidencialidade e a segurança das trocas, mesmo num mundo cada vez mais digital.

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