Em 5 de setembro de 2024, durante um fórum económico em Vladivostok, o presidente russo Vladimir Putin reafirmou a sua vontade de iniciar conversações com a Ucrânia com base em discussões anteriores em Istambul em 2022. Esta abertura ao diálogo contrasta com a posição anterior de Moscovo, que tinha governado qualquer troca após a ofensiva ucraniana em Kursk, em Agosto.
Vladimir Putin sublinhou a disponibilidade da Rússia para negociar se a Ucrânia manifestar o desejo de o fazer, ao mesmo tempo que insistiu na necessidade de estas conversações se basearem em acordos anteriores supostamente concluídos em Istambul em 2022. Estes acordos, embora não divulgados publicamente, estão no cerne da as diferenças entre os dois países. Moscovo afirma que foi alcançado um compromisso, enquanto Kiev rejeita esta versão.
A Rússia tem tentado apresentar a Ucrânia como o principal obstáculo às negociações, alterando regularmente as suas condições para iniciar um diálogo. O principal objectivo de Moscovo continua a ser a conquista de Donbass, no leste da Ucrânia, apesar dos confrontos persistentes na região fronteiriça de Kursk.
Neste contexto, a situação no terreno permanece relativamente estável, de acordo com os meios de comunicação social de ambos os países. Embora a Ucrânia já não reivindique ganhos territoriais na Rússia, as forças russas afirmam estar a avançar e a fazer recuar o inimigo. As autoridades ucranianas negam estes avanços e afirmam que os combates continuam, em particular para bloquear um eixo logístico fundamental do exército russo.
Vladimir Putin continua firme na prioridade dada ao Donbass e na aceleração das operações na região. Apesar das tensões contínuas, parece que os dois países permanecem abertos ao diálogo, pelo menos superficialmente. O futuro das conversações dependerá da vontade real das partes de chegarem a um acordo e de superarem os obstáculos que as separam há demasiado tempo.