Neste dia 3 de setembro de 2024, o universo político da República Democrática do Congo é abalado pela prisão do opositor Seth Kikuni na Agência Nacional de Inteligência (ANR). Este caso suscitou fortes reacções, nomeadamente por parte do antigo Primeiro-Ministro, Matata Ponyo. Este último, longe de permanecer inactivo face a esta situação, manifestou-se para denunciar o que considera ser uma perseguição a verdadeiros opositores políticos.
Matata Ponyo expressou claramente a sua condenação da prisão de Seth Kikuni por aqueles que estão no poder. Numa declaração publicada na sua conta oficial, sublinhou que as vozes genuínas da oposição são regularmente amordaçadas e maltratadas, comprometendo assim o pluralismo democrático necessário numa sociedade livre. Esta posição corajosa de Matata Ponyo demonstra o seu desejo de defender os princípios fundamentais da democracia e da liberdade de expressão.
O presidente do partido LGD destacou também as consequências nefastas de tais práticas para a coesão nacional. Segundo ele, os métodos utilizados pelos serviços de inteligência para silenciar vozes dissonantes apenas enfraquecem ainda mais a unidade do país. Na verdade, em vez de promoverem um diálogo construtivo e inclusivo entre os diferentes actores políticos, estas acções repressivas apenas acentuam as divisões e tensões dentro da sociedade congolesa.
É importante notar que tanto Matata Ponyo como Seth Kikuni desempenharam um papel activo na campanha eleitoral de 2023, apoiando o candidato Moïse Katumbi contra Félix Tshisekedi. A sua aliança política visava oferecer uma alternativa credível e democrática aos eleitores congoleses, com o objectivo de promover mudanças positivas para o país. No entanto, os acontecimentos recentes destacam os obstáculos e as pressões enfrentadas pelos adversários políticos na RDC, dificultando assim o processo democrático e a construção de uma sociedade pluralista.
Em conclusão, a intervenção de Matata Ponyo no caso da detenção de Seth Kikuni sublinha a importância de preservar as liberdades fundamentais e o pluralismo político na RDC. Perante os repetidos ataques à democracia e aos direitos da oposição, é essencial que os intervenientes nacionais e internacionais se mobilizem para garantir um ambiente político respeitador dos valores democráticos e dos princípios do Estado de direito. A situação actual exige uma maior vigilância e solidariedade em favor da democracia e da justiça na República Democrática do Congo.