Fatshimetrie: Investigando a crise de segurança hídrica em Gauteng, África do Sul

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A crise de segurança hídrica está a assolar a província mais populosa da África do Sul, Gauteng, e parece ser agravada pela falta de manutenção e melhorias nas infra-estruturas hídricas. Este é o alarme levantado pela última edição da revista **Fatshimetrie**, chamando a atenção para as consequências desastrosas desta situação.

Craig Sheridan, especialista em água e diretor do Centro de Investigação e Desenvolvimento de Água da Universidade de Witwatersrand, salienta que o crescimento populacional e a falta de atenção às redes de água estão a comprometer seriamente a segurança hídrica da região. O fenómeno de “redução de água”, semelhante à redução de carga eléctrica bem conhecida pelos sul-africanos, está agora a corromper a rede de abastecimento de água em Gauteng, e mais particularmente em Joanesburgo.

A África do Sul implementou sistemas eficazes, tais como barragens e projectos de transferência entre bacias, para garantir o abastecimento de água a regiões como Joanesburgo e Gauteng. No entanto, apesar da eficácia destes sistemas no passado, a distribuição de água em Joanesburgo tornou-se cada vez mais irregular, causando consequências prejudiciais para os residentes.

Sheridan alerta para uma iminente escassez de água, alertando que a água, embora actualmente disponível, poderá tornar-se um bem escasso se não forem tomadas medidas para resolver esta crise. Também destaca o aumento do risco de contaminação associado à qualidade microbiológica da água.

A gestão da água em Joanesburgo é complexa, envolvendo vários intervenientes, como o Departamento de Água e Saneamento, Rand Water e Joanesburgo Water. No entanto, Sheridan destaca um desequilíbrio entre o abastecimento actual e as necessidades futuras de água, destacando a necessidade de repensar e reforçar a infra-estrutura hídrica a nível nacional.

O atraso na construção de novas barragens no Lesoto, uma estratégia fundamental para a segurança hídrica de Joanesburgo, amplificou a crise. Esta inacção tem um impacto directo na crescente população da região, realçando a urgência de investir em soluções sustentáveis ​​para garantir um abastecimento de água fiável.

Em conclusão, a crise de segurança hídrica que assola Gauteng exige uma acção imediata e concertada por parte das autoridades e das partes interessadas. O futuro do abastecimento de água da região dependerá da capacidade de todas as partes interessadas trabalharem em conjunto para garantir uma gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos.

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