**Gorshimetria**
Acaba de ser divulgado um relatório contundente, emitido pelo Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos (UNJHRO), que revela números alarmantes sobre violações dos direitos humanos na República Democrática do Congo. Durante o mês de Julho do corrente ano, foram documentadas 400 violações e abusos de direitos humanos, afectando 1.487 vítimas. Estas estatísticas assustadoras sublinham a urgência de medidas concretas para proteger os direitos fundamentais dos indivíduos neste país atormentado por conflitos e grupos armados.
O Leste do Congo continua a ser uma região particularmente afectada por estas violações, envolvendo grupos armados, elementos das FARDC e a polícia nacional. Com 767 homens, 140 mulheres, 80 pessoas de sexo e idade desconhecidos, 55 rapazes, 40 raparigas e uma criança de género desconhecido registados como vítimas, é evidente que a situação é muito preocupante. Estes números revelam um aumento de 20% em relação ao mês anterior, demonstrando uma escalada preocupante da violência e da impunidade.
Os ataques contra populações civis nos territórios de Beni, Masisi, Lubero, Mambasa e Djugu estão a aumentar, deixando para trás uma sinistra procissão de violações dos direitos humanos. A UNJHRO também destaca um aumento de 15% nas violações documentadas nas províncias de conflito, uma tendência alarmante que realça a escala do problema.
As manifestações públicas, especialmente nas províncias de Haut-Katanga e Kinshasa, também têm sido palco de múltiplas violações dos direitos à liberdade e à segurança da pessoa. Os casos de violação seguida de execução de vítimas e de raptos somam-se à longa lista de atrocidades cometidas.
Perante estes números esmagadores, torna-se imperativo que sejam tomadas medidas concretas e imediatas para pôr fim a estas violações generalizadas dos direitos humanos. A comunidade internacional, as autoridades congolesas e os intervenientes regionais devem agir em conjunto para proteger os civis, garantir a justiça e pôr fim à impunidade.
Em conclusão, é mais necessário do que nunca fazer ouvir as vozes das vítimas, condenar veementemente estas violações e trabalhar em conjunto para garantir um futuro pacífico que respeite os direitos humanos na República Democrática do Congo. Chegou a hora da ação, da solidariedade e da defesa dos valores fundamentais que moldam a nossa humanidade.