Num caso legal de proporções internacionais, Kevin Adam Kinyanjui Kangethe, um queniano procurado por homicídio nos Estados Unidos, foi finalmente extraditado após um ano em fuga. Acusado de ter premeditado o assassinato da sua companheira Margaret Mbitu, descoberta sem vida num carro no Aeroporto Internacional Logan, em Boston, em 31 de outubro, Kangethe enfrenta agora a justiça americana.
A extradição de Kangethe, que deixou Nairobi, capital do Quénia, no passado domingo, marca um grande avanço neste caso. As autoridades judiciais quenianas têm cooperado neste processo e manifestaram o seu total apoio aos Estados Unidos durante a fase de acusação do caso.
O Ministro Público do Quénia, Renson Ingonga, fez questão de sublinhar o seu compromisso com a cooperação internacional, em particular com os Estados Unidos, e manifestou a sua disponibilidade para apoiar a equipa de acusação americana no decorrer dos acontecimentos. Esta extradição segue um mandado emitido pelo tribunal em julho.
Kangethe, que renunciou oficialmente à sua cidadania norte-americana, esteve envolvido numa fuga espectacular de uma cela policial após a visita do seu advogado queniano em Janeiro. Após uma semana foragido, ele foi recapturado e o caso de extradição foi reiniciado.
A vítima, Margaret Mbitu, trabalhava como cuidadora em Halifax, Massachusetts, e foi vista pela última vez saindo de seu local de trabalho em 30 de outubro, antes de ser dada como desaparecida por sua família. A investigação preliminar revelou que Mbitu foi vista a sair do seu local de trabalho para ir para Lowell, onde Kangethe residia.
Os promotores quenianos disseram que Kangethe foi encontrado em posse de pertences pessoais pertencentes ao falecido. O caso, complexo e trágico, sublinha a importância da cooperação internacional na localização de criminosos transnacionais.
Esta extradição marca um passo crucial na busca de justiça para Margaret Mbitu e a sua família, bem como na luta contra a impunidade dos criminosos. Na verdade, este caso destaca a importância dos acordos jurídicos internacionais para garantir que os perpetradores não possam escapar à justiça refugiando-se noutro país.
É essencial que cada indivíduo, onde quer que se encontre, seja responsabilizado pelos seus actos perante a lei, e esta extradição constitui um passo significativo nessa direcção. Esperando que a justiça seja feita de forma justa e equitativa, este caso serve como um lembrete da importância da colaboração internacional na luta contra o crime e a impunidade.