Crise da farinha em Kasumbalesa: o apelo à acção imediata

“Imagens da crise da farinha em Kasumbalesa, Haut-Katanga: a urgência de agir”

Há várias semanas que a cidade de Kasumbalesa, situada em Haut-Katanga, é abalada por uma crise sem precedentes: a proibição da importação de farinha declarada tóxica. As consequências desta medida fazem-se sentir de forma dramática no terreno, comprometendo o abastecimento de farinha nesta região.

Uma Comissão de Controlo, criada pelo vice-presidente da Câmara, Fifi Mwitaba, é responsável pela supervisão da situação. No entanto, esta missão enfrenta inúmeras dificuldades, nomeadamente em termos de recursos e mobilidade. Mais de 50 depósitos de farinha foram selados para permitir que o Gabinete de Controlo Congolês (OCC) conduzisse análises aprofundadas. Infelizmente, os resultados ainda estão pendentes, dificultando assim as ações da Comissão. Além disso, o OCC enfrenta problemas logísticos, particularmente relacionados com o combustível necessário para operar o laboratório móvel. Durante este período, os depósitos permanecem fechados, deixando incertezas quanto à qualidade da farinha em circulação.

Esta crise tem um impacto directo no preço da farinha nos mercados locais, onde o saco aumentou de 50.000 Fc para 75.000 Fc. Os consumidores e os comerciantes são as primeiras vítimas deste aumento dos preços, agravando assim as já precárias condições de vida da população.

Perante esta situação crítica, a sociedade civil, representada por Me Le Grand Mbelenge, presidente do quadro de consulta de Kasumbalesa, está a soar o alarme. Apela às autoridades provinciais e nacionais para que tomem medidas urgentes para controlar rigorosamente a qualidade da farinha em circulação. Ele ressalta que a farinha proibida já está presente em Kasumbalesa, com os comerciantes simplesmente mudando os rótulos para contornar as medidas de segurança.

É mais necessário do que nunca que as autoridades competentes tomem decisões claras e rápidas para resolver esta crise da farinha. A saúde e a segurança dos residentes de Kasumbalesa dependem da qualidade dos produtos alimentares disponíveis no mercado. Ao permitir que esta situação persista, a confiança dos cidadãos é prejudicada, agravando assim uma crise já preocupante.

É tempo de agir, de forma concertada e eficaz, para pôr fim a esta crise que está literalmente a envenenar a vida quotidiana dos habitantes de Kasumbalesa. A transparência, a diligência e a cooperação entre todas as partes interessadas são essenciais para restaurar a confiança e garantir a segurança alimentar da população.

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